Vitaminas: o desafio da carne saudável, eficiente e de qualidade

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... na performance, reprodução, manutenção da integridade de células e tecidos, prevenção, resistência e ação anti-oxidante dos animais criados industrialmente.

Oito universidades e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Suínos e Aves). Trinta e nove empresas representadas. Oito cientistas nas apresentações. Quase 130 participantes e debates intensos, com forte interferência dos participantes. E um mergulho profundo na importância das vitaminas para a performance, reprodução, manutenção da integridade de células e tecidos, prevenção, resistência e ação anti-oxidante dos animais criados industrialmente. Estas foram as marcas do Fórum de Vitaminas, promovido pela DSM no Hotel Royal Palm Plaza, em Campinas (SP), e que terminou nesta quarta-feira, dia 17. Foram dois dias de palestras e debates, reunindo nutricionistas, clientes, pesquisadores e especialistas de empresas e universidades do Brasil, da América do Sul (Argentina, Chile, Peru, Equador e Colômbia) e Europa. O segundo dia de evento foi marcado pelas informações envolvendo estabilidade, eficiência, imunologia e qualidade da carne promovidas pelo uso de vitaminas nas cadeias de aves, suínos e bovinos. E ainda as primeiras novidades dos trabalhos desenvolvidos pela DSM desde 2011, sobre vitaminas e as cadeias de proteína animal, utilizando o conceito “The Optimum Vitamin Nutrition – OVN”. As pesquisas são desenvolvidas ao lado de quatro universidades brasileiras (USP, UFRGS, UEL e UFG) e uma argentina (INPA). E agora ainda conta com o reforço dos dados obtidos em estudos realizados na Universidade de Bangkok, na Aviagen, nos Estados Unidos, e num plano novo sobre matrizes de suínos, também com a Universidade de Londrina.

“Vitaminas são moléculas sensíveis. E são várias formulações, para diferentes vitaminas, com resultados distintos nas diversas condições. E ainda não sabemos sobre vários efeitos. Precisamos estudar e pesquisar. Ter um plano de ação. Mas a base é a importância da estabilidade, que depende de inúmeros fatores, como armazenagem, condicionamento, embalagem, temperatura, umidade, etc.”, analisou Laure Clasadonte, da DSM na Suíça. Outro que frisou a necessidade de se conhecer mais detalhes sobre a ação das vitaminas foi José Antonio Cuarón Ibargüengoytia, o “ Pepe”, do Centro Nacional de Investigação Disciplinar em Fisiologia e Melhoramento Animal (INIFAP), do México. Ele também enfatizou a questão do uso da vitamina D em suínos, com ênfase nas dificuldades das fêmeas em iniciar a vida reprodutiva, e o descarte de matrizes por problemas ósseos e articulares. “Treze vitaminas são responsáveis por 34,2% dos nutrientes essenciais para os suínos. Mas elas são especiais, têm características próprias. Asseguram a correção de deficiências dos animais, porém são insuficientes para resolver demandas particulares. A vitamina D, por exemplo, não corrige deformidades, embora ajude na mineralização. Se falta, a estrutura óssea fica prejudicada. Em excesso, também causa problemas, como a osteoporose. O aumento do peso é uma agressão física. Mas ainda não sabemos exatamente sobre estas perdas e o descarte”, explicou.

O pesquisador Gilbert Weber, da DSM na Suíça, analisou dois aspectos da utilização da suplementação vitamínica. A importância para a resposta imunológica das aves e a melhoria da qualidade da carne de aves, suínos e bovinos. “Sempre há mais resposta positiva nos animais suplementados do que os grupos controle nas pesquisas. A vitamina modula o sistema imune, funciona como um seguro. E ainda atestamos que é também um antioxidante natural. Na verdade, o biossolúvel mais potente da natureza. Retarda a oxidação lipídica e funciona bem para aves, suínos e também bovinos e peixes. Ela atua, mantendo as características da carne que são vitais para o consumidor: cor, textura, odor e gotejamento”, sintetizou. E foi tratando da ponta da cadeia, a sociedade consumidora, que a especialista Charlotte Lauridsen, da Aarhus Universitet, na Dinamarca, enfatizou o uso das vitaminas como fator de prevenção às doenças. “Há pressão incessante da sociedade sobre a produção de suínos por causa do uso de antibióticos. A questão vai preponderar por muito tempo”, examinou. Ela ainda revelou os dados surgidos em estudos sobre como as vitaminas afetam os animais no pós-desmame, como a diarreia nos leitões, um problema responsável pela morte de dez milhões de leitões ao ano no mundo. E a transferência de vitalidade para as progênies ocasionada pelo uso das vitaminas C, E e D. ”Nosso desafio agora é aprender mais sobre vitaminas e ácidos graxos. Muito do que se conhece hoje está defasado e há poucos trabalhos sobre o tema. E vale muito à pena porque já é fato que a suplementação com vitaminas é uma ferramenta estratégica na produção de proteína animal”, afirmou categoricamente.

No encerramento da série de palestras, Rafael Gustavo Hermes, médico veterinário, Phd em nutrição animal e gerente de inovação e ciência aplicada em monogástricos da MSD, adiantou os primeiros números do trabalho desenvolvido pela DSM desde 2011, que levanta dados sobre o uso de vitaminas nas cadeias de proteína animal utilizando o conceito ‘The Optimum Vitamin Nutrition – OVN’. “Ainda temos um caminho pela frente, há dados a coletar e analisar, são pesquisas ainda em andamento. Mas os primeiros resultados são positivos, atestando que as vitaminas resultam em boa performance, sanidade, ganho de peso e qualidade da carne. Sem falar na transferência destes fatores para as progênies”, resumiu. A despedida contou com a saudação do Manager Comercial para a América Latina da empresa, José Maria Luvizotto Junior. Foi muito positivo o encontro. Reunir clientes, pesquisadores e nutricionistas. Na verdade, são profissionais que nos ajudam a olhar os novos caminhos com mais clareza. E nos orientam para descobrirmos o que mais a indústria precisa. Que estudos a mais devemos desenvolver”, afirmou. “Fica patente que as vitaminas serão cada vez mais fundamentais na saúde dos rebanhos e no uso seletivo de medicamentos”, sintetizou o Gerente Técnico, de Nutrição e Saúde Animal da DSM, Jeffersson Lecznieski.

A DSM é o principal fornecedor mundial de vitaminas lipossolúveis e hidrossolúveis, carotenoides, ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa, enzimas, eubióticos e nutracêuticos para os setores de alimentação animal e humana, farmacêutico e cuidados pessoais. Opera nove centros de formulação e fabricação na Europa, China e nos Estados Unidos. Tem uma rede logística dedicada, baseada em três principais centros de distribuição: Venlo (Países Baixos), Belvidere (Estados Unidos) e Cingapura. Possui uma ampla rede global de fábricas de premixes, sendo que mais de 40 delas dedicam-se à produção de premixes para rações e outras seis para alimentos humanos. E é detentora da marca Tortuga para ruminantes, um nome com sessenta anos de existência, comercializando a linha de produtos no Brasil e em nove países da América Latina. A empresa possui vendas superiores a quatro bilhões de euros e uma longa tradição de inovação para o benefício das pessoas, do planeta e da lucratividade.



Data da Notícia: 18/06/2015
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