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Os números consolidados da SECEX/MDIC confirmam que os embarques brasileiros de carne de frango continuam caminhando opostamente às sinalizações vindas do mercado internacional. Ou seja: a ocorrência de surtos de Influenza Aviária em grande parte dos países produtores-exportadores do Hemisfério Norte aponta que os importadores devem se voltar para o único produtor capaz de atender a uma grande demanda, o Brasil. No entanto, os embarques brasileiros do produto seguem negativos.
Nos meses de maio, por exemplo, o volume exportado tem se colocado, normalmente, entre os melhores do ano (terceiro maior volume em 2013; primeiro maior volume em 2012). Mas em 2015 o total embarcado em maio ficou aquém do registrado nos meses de março e abril.
Ao todo (cortes, frango inteiro, industrializados de frango e carne de frango salgada) foram 322.187 toneladas, resultado que correspondeu a reduções de 7,06% e 2,36% sobre, respectivamente, o mesmo mês do ano passado e o mês anterior, abril de 2015. Este foi, também, o pior maio dos últimos cinco anos, retrocedendo-se, na prática, ao mesmo volume registrado em maio de 2010 (322.151 toneladas).
Como as quedas observadas se repetiram pelo segundo mês consecutivo, o volume acumulado no ano (cinco meses) também permanece negativo, com redução de 2,71% em relação ao período janeiro-maio de 2014. O (pouco mais de) 1,5 milhão de toneladas embarcado até aqui corresponde, igualmente, ao menor volume dos últimos cinco anos.
De positivo, por ora, só o acumulado nos últimos 12 meses – perto de 3,952 milhões de toneladas, quase 1% a mais que o alcançado em idêntico período anterior. Tal resultado, porém, é influenciado pelos excelentes volumes registrados em julho, setembro e outubro de 2014, todos superiores a 350 mil toneladas mensais. Quer dizer: se não houver breve reversão dos números, também o desempenho em 12 meses pode se tornar negativo.
Os primeiros números de junho corrente dão indícios de que a reviravolta pode ter começado.