Vendas antecipadas derrubam ainda mais o preço do suíno vivo

Blog do Coser

Se o ano começou com muita expectativa de como ficaria o mercado de suínos em 2016, depois de um longo período de bons preços e investimentos na produção, bastou o primeiro mês para que a expectativa se transformasse em apreensão. Em São Paulo, já são quatro semanas consecutivas de queda no preço do quilo do suíno vivo na bolsa de referência do estado, que saiu de R$ 4,16 no início de janeiro, para R$ 3,20 na primeira reunião de fevereiro. Em Minas Gerais, também já são quatro semanas sem acordo entre produtores e frigoríficos. No dia 04/01, na primeira bolsa do ano, houve acordo entre as partes com o quilo do animal a R$ 4,40. Nesta segunda (01/02), os produtores já aceitavam R$ 3,60 pelo quilo vivo, mas ainda assim não houve acordo com a indústria.

As quedas consecutivas no mercado de São Paulo e a falta de sinalização de preço da principal bolsa do mercado independente do país, em Belo Horizonte, tem levado os produtores há um comportamento que agrava ainda mais a queda nas cotações, que é a oferta antecipada de lotes de animais que ainda não atingiram o peso ideal de abate. A incerteza sobre até onde o preço vai cair tem levado muitos produtores à venda de mais animais, num ciclo vicioso que derruba ainda mais os preços. Por outro lado, como não há uma oferta exagerada de suínos para o abate, é bem provável que dentro de poucas semanas aconteça um ajuste natural da oferta pela redução dos estoques.



No entanto, o ano deve ser de muitas oscilações no preço, e nestes casos é praticamente impossível determinar o melhor momento de venda. Terão maior sucesso aqueles suinocultores que mantiverem a calma e com boa gestão aumentarem a eficiência de suas granjas, sobretudo em relação ao peso de abate e à conversão alimentar. Em tempos de preço da ração nas alturas, fará melhor negócio quem conseguir ser o mais eficiente nesta equação de transformar grãos em carne e não se desesperar com as oscilações naturais de mercado que se intensificam em momentos como os que viveremos em 2016.



Data da Notícia: 04/02/2016
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