Após a surpresa com os dados do Departamento de Agricultura do Estados Unidos (USDA), o mercado concretizou o suporte acima de US$ 4.20 por bushel para os contratos na Baolsa de Chicago. Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da consultoria Safras & Mercado, Paulo Molinari.
O USDA trouxe um corte inesperado para a safra dos EUA para 368 milhões de toneladas. Com isso, colocou os estoques nos mais baixos níveis desde 2014, 43 milhões de toneladas;
A situação está neste ambiente pela projeção de exportação recorde para 67 milhões de toneladas, amparada por uma suposta maior compra por parte da China;
Se a China não comprar muito mais milho dos EUA nos próximos meses, haverá uma revisão para baixo nesta projeção e aumento de estoques;
Safra da América do Sul agora em foco, em particular da Argentina;
Clima bastante irregular na América do Sul poderá ser ponto de volatilidade nos preços externos;
Demanda da China no mercado internacional sem surpresas até o momento;
Mercado brasileiro um pouco mais estável na semana, porém sem sinais de baixas;
Quebra no Sul do Brasil é expressiva. Produtores devem transformar maior parte das lavouras de milho para silagem devido à forte quebra de produtividade;
Mesmo com chuvas, não há retorno da produção daqui para frente;
Chuvas retornaram em boa parte do país, mas ainda de forma irregular;
Colheitas de verão de milho somente para após março devido aos atrasos de plantio;
Alguma preocupação com datas da safrinha, mas ainda sem comprometer área a ser plantada;
Exportações chegam a 30 milhões de toneladas; novembro nomeando 5,7 milhões de toneladas;
Não há venda por parte de tradings no mercado interno, muito menos por indústrias de etanol, as quais estão com altíssima demanda de DDG;
Milho segue com seu longo caminho para abastecimento até julho/21 com a entrada da safrinha.