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Em suas primeiras projeções para o próximo ano, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima que só em 2014 o Brasil ultrapassará os 13 milhões de toneladas na produção de carne de frango, mesmo assim marginalmente.
Essa projeção não chega a representar novidade, mas boa ideia da lentidão enfrentada pela avicultura (e não só a brasileira) especialmente de 2010 para cá. Para exemplificar, basta mencionar que o setor permaneceu na faixa dos 9 milhões/t dois anos, na faixa dos 10 milhões/t apenas um ano e na faixa dos 11 milhões/t por dois anos. Agora, completa o quarto ano na faixa dos 12 milhões/t.
Pelas projeções do USDA, a produção brasileira de carne de frango aumenta menos de 1% em 2013 e pode, no ano que vem, vir a crescer cerca de 3%. Para as exportações é previsto aumento de 2% em 2013 e de 5% em 2014. Já o consumo interno experimenta expansão de pouco mais de meio por cento no corrente exercício, tendendo a crescer algo em torno de 2,2% em 2014.
Notar que os números do USDA não incluem, nas exportações, as vendas de pés e patas de frango. Assim, as projeções do segmento se encontram aquém do efetivamente exportado, enquanto o consumo interno acaba superestimado.
Porém, contrapondo-se os números do USDA aos dados da SECEX/MDIC, observa-se que nos cinco últimos anos, ambos registraram uma diferença média de volume da ordem de 12% - que, supõe-se, corresponde às patas e pés exportados.
Aceito, pois, que os resultados projetados pelo USDA correspondem a 88% do total, conclui-se que as exportações brasileiras de carne de frango de 2013 devem ultrapassar os 4 milhões de toneladas.