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Ao mesmo tempo em que reduziu suas previsões quanto ao volume de carne de frango que será produzido, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) manteve, com pequena alteração para baixo, a projeção relativa às exportações. Pela previsão mais recente, neste ano serão exportados pelos países produtores cerca de 10,743 milhões de toneladas de carne de frango, apenas dois décimos a menos que o previsto no final de 2013.
Isso, em outras palavras, significa que o USDA vem antevendo mais um recorde nas exportações de carne de frango – pelo oitavo ano consecutivo – e uma expansão de cerca de 5% em relação ao ano anterior.
Naturalmente, essa expansão não incide de forma homogênea sobre todos os países exportadores. Mas surpreende, em relação aos 10 principais exportadores, a reversão de expectativas do USDA em relação à União Europeia. Na previsão anterior, o órgão previa para a UE, em comparação a 2013, expansão de pouco mais de 2% no volume negociado fora do bloco; agora, prevê redução de 1,2%.
Mas é o único caso entre os 10. Para o Brasil, por exemplo, é projetada expansão de 3,39%, o que significa um adicional de 118 mil toneladas em comparação a 2013 (dados do USDA excluem pés e patas de frango).
O curioso, porém, é que esse adicional de 118 mil toneladas não é prerrogativa exclusiva do Brasil. Pois é o mesmo volume de incremento que vem sendo apontado pelo USDA para a Turquia, cujas exportações devem ser cerca de um terço maiores que as de 2013 (passam de 362 mil toneladas para 480 mil toneladas). E isso faz com que quase a metade do aumento previsto de um ano para outro (acréscimo de pouco mais de meio milhão de toneladas) seja proveniente de apenas dois exportadores: Brasil e Turquia.