UFs exportadoras de carne de frango entre janeiro e agosto

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Transcorridos três quartos do ano, apenas o Paraná continua apresentando avanço substancial tanto no volume quanto na receita cambial da carne de frango.

No período, o Estado aumentou seus embarques em quase 21%, enquanto o incremento na receita cambial aproximou-se dos 10%. Vale notar, no entanto, que boa parte desse aumento se deve às cooperativas, cujos embarques de carne de frango no período aumentaram, em nível nacional, mais de 30%.

Aliás, é o Paraná que, em termos de volume, sustenta o incremento de 9,5% da Região Sul do País, porquanto os embarques de Santa Catarina tiveram aumento mínimo (+0,61%), enquanto no Rio Grande do Sul a expansão foi pouco além de 2%. Mas o aumento paranaense não conseguiu impedir a regressão da receita cambial da Região Sul, quase 4% menor que a dos mesmos oito meses de 2014.

Além do Sul, apenas o Sudeste registra algum crescimento no volume, próximo de 5%. Mas, graças, fundamentalmente, a Minas Gerais, cujos embarques aumentaram perto de 10%. O que, como ocorreu no Sul, não impediu a queda da receita cambial regional, cerca de 5% menor.

Embora os índices de redução sejam expressivos, a queda nas Regiões Nordeste e Norte não chega a ser significativa, pois os embarques regionais têm menor expressão. Não é, porém, o que ocorre com o Centro-Oeste, onde a redução de cerca de 8,5% corresponde à não exportação de um volume correspondente a 10 vezes o que o Nordeste deixou de exportar.

Uma vez que as empresas exportadoras do Centro-Oeste são, na maioria, filiais de empresas do Sul, conclui-se que a redução registrada se deve à concentração das operações de exportação no Sul do País, onde os três estados possuem portos próprios (Rio Grande, Itajaí e Paranaguá).

Em consequência, a participação do Sul nos embarques totais aumentou de 73,71% há um ano para 76,01% atualmente, enquanto a do Centro-Oeste recuou de 14,60% para 12,59%. A do Sudeste manteve-se praticamente inalterada, com pouco mais de 11%.