Técnicos da Coreia vão avaliar plantas para aprovar exportação de carne suína catarinense

DC

Numa das últimas etapas para viabilizar a abertura do mercado da Coreia do Sul para exportações de carne suína de Santa Catarina, o país asiático informou que enviará missão técnica ao Estado no período de 31 deste mês a 3 de abril. A novidade foi comunicada ao governador Raimundo Colombo, que iniciou neste domingo em Tóquio, no Japão, uma série de contatos em missão catarinense junto com a Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) para a prospecção de mercado a produtos alimentícios de Santa Catarina.

– Foi a melhor notícia que poderíamos receber, porque as exportações estão garantindo a manutenção dos empregos dos catarinenses – afirmou o governador, que hoje participa de seminário na Embaixada do Brasil no Japão, em Tóquio, um evento que tem à frente o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte.

O governo coreano informou que a missão a SC será integrada por funcionários da Agência de Quarentena Animal e de Plantas do Ministério da Agricultura do país, mais representantes da Associação Coreana de Produtores de Carne Suína e jornalistas.

Esta é a última etapa que envolve diretamente a participação do Estado, explicou o superintendente do Ministério da Agricultura em SC, Jacir Massi. Segundo ele, se os técnicos coreanos confirmarem que os processos de sanidade adotados estão corretos conforme as normas necessárias, o governo coreano vai informar quando poderão ser iniciadas as vendas de carne suína ao país asiático. Se o país estiver necessitando do produto, a decisão poderá sair mais rápido.


Sobre as plantas industriais que serão visitadas, Massi acredita que deverão ser as mesmas habilitadas para exportar ao Japão e aos Estados Unidos. Para vender ao mercado japonês, estão aprovadas unidades da Aurora, BRF, Pamplona e Seara.

Quinto maior mercado
A Coreia do Sul é o quinto maior mercado importador de carne suína do mundo. Há anos que Santa Catarina está buscando a abertura de portas para iniciar vendas por lá. Esse esforço começou junto com a busca do mercado japonês, há quase 20 anos, por meio do controle da febre aftosa sem vacinação. SC é o único Estado brasileiro livre de aftosa sem vacina, por isso abriu os mercados dos EUA, Japão e Europa. Contudo, a expectativa é de que as compras iniciais serão pequenas, a exemplo do que ocorreu com o Japão, mercado aberto em junho de 2013.

Vendas externas
As exportações de carne suína do Brasil têm se destacado desde o ano passado e o acumulado deste ano teve alta de 53% no faturamento em dólar. Apesar disso, fevereiro teve queda em volume. O país registrou uma retração de 19% das vendas físicas no mês frente a janeiro. A receita do período alcançou US$ 102,5 milhões, 36,6% superior à obtida em fevereiro de 2016. Os dados estaduais ainda não saíram.