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O quilo do suíno vivo permanece cotado a R$ 3,80 pela terceira semana consecutiva no mercado independente de Santa Catarina. Em Análise de Mercado, o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, comenta que as perspectivas de vendas são boas para o mês de maio. “No próximo final de semana vamos ter uma maior procura por carne com a comemoração do Dia das Mães.”
Além de Santa Catarina, a bolsa de suínos do Paraná também registrou manutenção de preço no mercado independente. São Paulo e Minas Gerais apresentaram elevação de preços. Conforme Losivanio, a reação nos mercados paulista e mineiro representa uma expectativa positiva para a região Sul. “Esperamos uma elevação de preços pagos aos produtores em maio e junho.”
De acordo com as informações divulgadas pela ACCS em comunicado, a remuneração paga ao produtor permanece inalterada na integração. BRF e JBS remuneram R$ 3,20 pelo quilo do suíno vivo, enquanto Aurora e Pamplona pagam R$ 3,30. Em conversa com os representantes das agroindústrias, Losivanio afirma que não há previsão de altas em curto prazo.
Custos de produção
A diminuição dos custos de produção tem garantido uma pequena margem de lucro aos suinocultores. Losivanio explica que o valor para produzir o quilo do animal está entre R$ 3,30 e R$3,40 no Estado, com previsão de novas baixas nas próximas semanas, com a possível diminuição de valor do farelo de soja. “Os especialistas dizem que é hora do produtor de soja vender sua produção com a expectativa de uma safra recorde. Se isso realmente ocorre, há uma tendência de mais produto no mercado e diminuições de valores.”
Valores de exportação
As exportações de carne suína no mês de abril registraram queda de 16,8% em relação ao mês de março, atingindo 21,3 mil toneladas. O número negativo é reflexo da operação Carne Fraco aliado ao grande número de feriados. “Com os feriados do mês de abril tivemos menos dias de abates”, diz Losivanio.
A ACCS informou que as exportações de carne suína tiveram elevação de 10,32% nos primeiros quatro meses de 2017 em relação ao mesmo período do ano passado. “O mercado internacional necessita da carne suína catarinense, já que temos um status sanitário diferenciado. O nosso Estado vai receber as missões internacionais dos Estados Unidos, Coreia do Sul e União Europeia, fator que deve ampliar a emissão de nossa proteína para o mundo e melhorar a renda dos nossos produtores”, diz o presidente da ACCS.