Cepea/Esalq
Após recuar fortemente nos dois primeiros meses de 2015, o poder de compra do suinocultor frente ao milho apresentou relativa estabilidade em março. De um ano para outro, o patamar atual é favorável ao produtor para o período. Na parcial deste mês (até o dia 19), o suinocultor da região de Campinas (SP) consegue adquirir 7,48 quilos do grão com a venda de um quilo do animal vivo, 24,4% a mais que os 6,01 quilos possíveis de se comprar em igual intervalo de mar/14. Naquele período, o suíno valia menos que agora, enquanto que o milho estava mais caro.
Se, por um lado, os preços do cereal em alta vem limitando o poder de compra do produtor de animais, por outro, os valores recebidos pelo suíno até meados de março ainda garantiam uma variação positiva na relação de troca no acumulado do mês. Nos últimos dias, no entanto, o animal tem se desvalorizado em algumas regiões, o que pode reduzir a quantidade de milho que o suinocultor consegue comprar com um quilo de suíno vendido.
Entre 12 e 19 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ do suíno vivo de São Paulo caiu 0,6%, fechando a R$ 3,61/kg nessa quinta-feira, 19. No Rio Grande do Sul e no Paraná, a desvalorização foi de 0,9%, com os Indicadores passando para R$ 3,20/kg e R$ 3,28/kg, respectivamente na quinta. Em Minas Gerais, a variação foi negativa em 0,5%, enquanto em Santa Catarina, o animal vivo permaneceu estável, com as médias a R$ 3,69/kg e R$ 3,25/kg, nesta ordem.
No atacado da Grande São Paulo, a carcaça comum suína se desvalorizou 2% entre 12 e 19 de março, com o quilo do produto cotado a R$ 5,33, em média, no dia 19. Para a carcaça especial, o preço médio recuou ligeiro 0,2%, em R$ 5,71/kg.