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Nesta segunda-feira (26), as cotações para o suíno vivo iniciam a semana de forma lenta nas principais praças de comercialização. Em Santa Catarina o cenário é de alta nas cotações, porém grande parte das regiões optou manutenção de preços para os próximos dias.
A bolsa de suínos catarinense definiu negócios em R$ 3,90/kg nesta semana, com acréscimo de R$ 0,10 em relação a última semana. Na ocasião, o presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, explicou que a atenção no estado continua aos custos de produção.
“Muitos estão deixando a atividade por não enxergarem um horizonte promissor. Isso preocupa muito o setor, principalmente em Santa Catarina, que é o maior produtor e exortador da proteína. Temos dificuldades em formar sucessores na atividade por conta dessa instabilidade financeira e a falta de políticas públicas para o meio rural”, desabafa o presidente.
Em São Paulo, a bolsa de suínos manteve a referência de preços entre R$ 77 a R$ 79/@ – equivalente a R$ 4,10 e R$ 4,21/kg –, que já representava alta na última semana. No Rio Grande do Sul, o cenário também é de manutenção em R$ 3,92/kg, segundo pesquisa divulgada pela ACSURS (Associação Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul).
O analista da Safras & Mercado, Allan Maia, explica que a situação é esperada pelo período do mês de menor consumo. “Os frigoríficos relataram dificuldades tanto para a venda como para o escoamento dos estoques existentes”, comenta.
Por outro lado, pelo período do ano – em que há crescimento nas vendas para o período de festas – e também pelo alto custo de produção, novos reajustes podem ocorrer nas próximas semanas. “O produtor vem tentando administrar essa equação, mas os prejuízos continuam já que o custo de produção supera o valor final de venda ao produtor. Em São Paulo, por exemplo, o custo gira ao redor de R$ 4,30 o quilo”, destaca Maia.