Suíno Vivo: São Paulo registra negócios acima da referência

Notícias Agrícolas

Nesta quinta-feira (04), o mercado de suíno vivo teve mais um dia de estabilidade. Na semana, diversas praças de comercialização sinalizam alta nas cotações e seguem em movimento de recuperação. Em São Paulo, já há negócios sendo registrados acima do valor de referência, mostrando uma mudança de cenário.

A bolsa de suínos havia definido na segunda-feira cotação entre R$ 73 a R$ 75/@ o mesmo que entre R$ 3,89 a R$ 4,00 pelo quilo do vivo uma alta considerável em relação ao preço anterior. Porém, a APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos) aponta que já há negociações acima deste valor. Em Holambra (SP) foram comercializados 460 animais a R$ 80/@.

O presidente da APCS, Valdomiro Ferreira, explica que há uma mudança grande no mercado nos últimos dias, além de também existir altas nos frigoríficos. "E por fim, a procura por animais vivos é enorme, provocando em alguns pontos, falta do animal pronto para abate. Tendência é de novos realinhamentos de preços a curto prazo", explica.

O Cepea (Centro de Economia Aplicada em Estudos Avançados) aponta que a redução da oferta de animais deu ânimo aos preços, fruto de uma estratégia adotada pelos produtores para eliminar gastos nas granjas. Além disso, o aumento pontual na demanda interna e as exportações em patamares recordes (apesar do recuo de 2% em julho) também sustentam a alta nas cotações, explicam os pesquisadores.

A Scot Consultoria também aponta para a redução na oferta de animais no mercado, além da especulação. Diante deste cenário, houve melhora no poder de compra dos suinocultores paulistas, em que é possível comprar 4,99 quilos de milho com um de suíno em Campinas (SP). Uma alta de 10,9% na relação de troca.

Para o analista de mercado Fabiano Coser, após um longo período de pressão nas cotações, os preços sendo reajustados já nos primeiros dias de agosto demonstra mudança no mercado.

A reação é um bom sinal, já que as primeiras e últimas semanas de cada mês tem mostrado retração das vendas no varejo e consequentemente no mercado do animal vivo, de modo que a reação de preço já no primeiro dia do mês de agosto pode ser um bom sinal para os suinocultores que amargam prejuízos devido ao alto custo de produção, aponta.



Data da Notícia: 05/08/2016
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