Startup lança equipamento que atesta qualidade e origem de alimentos

Agência Gestão CT&I

A Fine Instrument Technology (FIT), startup de pesquisa e desenvolvimento na área de ressonância magnética nuclear (RMN), acaba de lançar um equipamento que deverá revolucionar o setor, o agronegócio e o consumo no País.

Desenvolvido com uma tecnologia inédita no Brasil, o SpecFIT é um equipamento de ressonância utilizado em hospitais adaptado ao setor de alimentos in natura e industrializados. Ele foi desenvolvido com aporte de R$ 1,3 milhão do programa Inovacred, iniciativa daFinanciadora de Estudos e Projetos (Finep) em parceria com aDesenvolve SP – Agência de Desenvolvimento Paulista.

O diferencial do equipamento está relacionado à criação de softwares dedicados desenvolvidos em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que é capaz de mapear, em apenas 30 segundos e sem causar qualquer tipo de dano ao produto, a qualidade e a composição química e física exata de frutas, grãos, azeites, leites, carnes, entre outros.

De acordo com Daniel Consalter, pesquisador e sócio da FIT, a tecnologia pode ser aplicada,por exemplo, em supermercados. “Eles poderão, de forma altamente eficaz, verificar a qualidade dos produtos de seus fornecedores. O SpecFit pode analisar a maciez de peças de carnes, pureza de azeites, a quantidade de açucares em frutas e sucos, entre muitas outras aplicações possíveis que estão em desenvolvimento, como a autenticidade do salmão, a origem de vinhos e pureza de leite. Basta colocar o produto sobre a máquina e esperar o resultado”, explicou.

Outro uso apontado pelo pesquisador é no agronegócio. “Na prática, um produtor de mamão, poderá medir a quantidade de açucares da fruta verde e saber se ela irá madurar doce ou não. Desta forma, é possível selecioná-los e exportá-los com a garantia de que chegarão dentro das especificações do cliente”, diz Consalter.

Além da precisão e rapidez, o SpecFit também se destaca pelo custo beneficio. Enquanto equipamentos semelhantes da Europa e Oceania custam milhares de dólares e estão disponíveis apenas em grandes centros de pesquisa, os modelos da FIT são desenvolvidos para ser portáteis e, dependendo das especificações definidas por cada cliente, custar até metade do preço atual de modelos semelhantes do mercado.

Embora o foco atual esteja no setor de alimentos, Consalter afirma que o potencial da tecnologia desenvolvida pela FIT é infinita. “Nosso primeiro equipamento foi adquirido pelo Laboratório de Tecnologia de Engenharia de Poços da Coppe, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Neste caso, a tecnologia é voltada para a aplicação de ressonância na exploração de petróleo, analisando a porosidade de rochas em regiões promissoras”, avaliou.



Data da Notícia: 02/10/2015
Tags: Alimentos, FIT, RMN
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