SF Agro
Os reportes climáticos do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) indicam um clima mais seco e mais favorável para a semeadura nas próximas semanas nos Estados Unidos. Até o momento, 83% das lavouras norte-americanas de soja foram semeadas. Além disso, as expectativas sobre uma possível migração da área do milho para a soja tem influenciado negativamente nos preços da oleaginosa. De acordo com boletim do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado na segunda-feira (05/06), na última semana as cotações da soja na CBOT recuaram para os menores níveis em quase 14 meses.
O preço disponível da soja em grão de Mato Grosso encerrou com retração de 3,73%, cotado a R$ 52,73 por saca, atrelado às baixas da CBOT e do dólar. “A margem negativa de esmagamento na China neste momento trouxe dúvidas a respeito da sua participação nas exportações mundiais a curto prazo, com rumores, inclusive, de possíveis cancelamentos de cargas pelos chineses”, diz o Imea. “Com o dólar em movimentação lateralizada, a forte pressão baixista nas cotações externas já pesa sobre o mercado interno, que recuou na última semana, travando as negociações.”
Pré-custeio para a soja
Nesta semana, de acordo com o Imea, a expectativa é a de que o Ministério da Agricultura lance o Plano Agrícola e Pecuário (PAP), com o objetivo que o valor do crédito federal fique similar ao da safra 2016/2017. O “pré-custeio” é uma alternativa enquanto o PAP não se confirma e tem sido disponibilizado acima dos últimos anos para os períodos de janeiro e abril deste ano, de R$ 14,82 bilhões.
Segundo o boletim do Imea, as culturas que mais “absorveram” esse crédito foram soja, milho, café, cana-de-açúcar e trigo. O destaque nessa movimentação de crédito fica com a soja de Mato Grosso, que demonstrou participação acima à dos últimos anos no crédito destinado à agricultura brasileira.