Soja busca recuperação na Bolsa de Chicago nesta 6ª feira após despencada da sessão anterior

Notícias Agrícolas

A manhã desta sexta-feira (8) é de recuperação para as cotações da soja na Bolsa de Chicago, após a despencada de ontem. Embora bem mais tímidos do que os recuos da sessão anterior, os futuros da oleaginosa, por volta das 7h50 (horário de Brasília), registravam ganhos de 8,75 a 11,50 pontos, com o novembro/16, referência para a nova safra dos EUA, era negociado a US$ 10,36 por bushel.

O movimento, segundo explicam analistas internacionais, é mais uma correção técnica, uma vez que nos últimos pregões a commodity já registra uma baixa acumulada de mais de US$ 1,00 na CBOT. No entanto, os fundamentos climáticos neste momento seguem em foco e ainda são negativos, uma vez que ainda indicam boas chuvas para o Meio-Oeste americano nos próximos dias, apesar das temperaturas elevadas.

Paralelamente, muita atenção ainda ao desenrolar dos movimentos no mercado macroeconômico, com o sentimento de aversão ao risco ainda bastante presente e também ao mercado do farelo, também na Bolsa de Chicago, que ontem sentiu uma pressão de mais de 4% entre seus principais vencimentos. Nesta sexta, o derivado também trabalha em campo positivo, buscando uma recuperação. Além do farelo, sobe ainda o petróleo na Bolsa de Nova York. O ativo tem quase 1% de alta e supera os US$ 45,00 por barril.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Soja acompanha commodities e desaba mais de 5% na Bolsa de Chicago

A quinta-feira, 7 de julho, foi mais uma dia de despencada não só para os futuros da soja, mas para uma série de commodities nas bolas internacionais. Os futuros da oleaginosa perderam mais de 5% somente nesta sessão - ou mais de 50 pontos - em Chicago, enquanto o açúcar o petróleo fecharam o dia com recuos parecidos na Bolsa de Nova York. Os futuros do café arábica, também em Nova York, perdem mais de 1%, enquanto em Londres, o robusta cedeu mais de 3%.

A queda forte foi generalizada, com um impacto menor sendo sentido apenas pelos futuros do milho e do trigo também na Bolsa de Chicago. Em ambos os casos, os principais vencimentos terminaram o pregão desta quinta-feirda perdendo menos de 1%.

De acordo com analistas ouvidos pela agência internacional de notícias Bloomberg, o Brexit - a recente saída do Reino Unido da União Europeia - trouxe uma ameaça grande para o que poderia ser o melhor momento do ano para o mercado geral de commodities. Como explica o Merchant Commodity Fund, o movimento adiciona mais riscos ao crescimento global e os preços do petróleo parecem estar destinados às baixas.

O fundo, que é administrado por ex-funcionários da Cargill, ainda de acordo com informações da agência de notícias Bloomberg, mudou sua perspectiva de neutro para altista no início do ano, diante das baixas de oferta em diversas matérias-primas, as quais foram importantes combustíveis para os ganhos recentes registrados pelas commodities agrícolas nos mercados internacionais, com as perdas na Argentina na safra 2015/16 de soja, ou o conhecido déficit de açúcar de mais de 2 milhões de toneladas.

A medida dos ingleses, no entanto, os fez rever suas posições daqui em diante. Segundo um de seus gerentes, os preços do petróleo poderiam ceder ainda mais nas próximas três semanas, voltando a ficar confinados no intervalo de US$ 40,00 a US$ 45,00 por barril.

"O crescimento mundial, com certeza, estará sob pressão agora, então, para se encontrar algum impulso no mercado será preciso acompanhar os problemas de falta de oferta. Já parao o petróleo, esperamos uma boa correção negativa nos preços", disseram os administradores dos Merchant Commodity Fund.

Pós Brexit

Após anunciado o Brexit, os bancos centrais de todo mundo, ainda segundo informa a Bloomberg, prometeram mais estímulos para sustentar suas economias. Até que isso se concretize, no entanto, os fundamentos do petróleo, por exemplo, são insuficientes para sustentar o rally de alta já registrado de 29% ao longo deste ano. Estoques elevados de gasolina nos Estados Unidos deverão reduzir ainda mais as margens de refino, reduzindo a demanda pelo produto bruto, além de outros fatores.

Por outro lado, para o café robusta, por exemplo, os fundamentos deverão falar mais alto do que a aversão ao risco causada pelo financeiro. Com o El Niño comprometendo as safras do Brasil e do Vietnã dessa variedade, os executivos do fundo internacional apostam em uma alta de cerca de 14% nos próximos três meses para US$ 2 mil por tonelada. "O robusta parece estar muito barato para a realidade de estoques apertados e tamanha a tensão deste mercado", disseram. O movimento, portanto, deverá favorecer ainda os futuros do café arábica, que também conta com estoques baixos.



Data da Notícia: 08/07/2016
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