Sindicarne promove carne suína catarinense no Japão

MB Comunicação

Um mercado promissor que será conquistado lentamente. Assim o diretor executivo do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados em Santa Catarina (Sindicarne), Ricardo De Gouvêa, define o mercado japonês.O dirigente acompanha missão empresarial catarinense à Foodex Japan, maior feira de alimentos e bebidas da região Ásia-Pacífico.
A participação do Sindicarne na 39ª edição dessa feira se deve à abertura do mercado japonês para a carne suína de Santa Catarina, ocorrida no primeiro semestre de 2013. O Japão é o maior importador mundial de carne suína.
De Gouvêa mostra que é preciso calma para conquistar credibilidade e confiabilidade para o produto brasileiro acessar o mercado japonês de carne suína: é necessário construir, para a carne suína, a mesma credibilidade conseguida com a carne de frango.
Observa que o Brasil tem poder competitivo lastrado em sanidade, estrutura de plantas industriais modernas, preço, qualidade e tradição de pontualidade, comprovada no fornecimento de carne de frango há mais de 30 anos.
O Brasil terá que disputar o fornecimento para o mercado japonês, hoje abastecido por Estados Unidos, Canadá, Dinamarca, México e Chile. Essa competição será definida pelos aspectos técnicos de atendimento aos padrões exigidos, o cumprimento de prazos e demais condições estabelecidas nas negociações.
Outro aspecto é sobre a amplitude do mercado japonês. O país importa cerca de 1,2 milhão de toneladas de carne suína por ano, mas, o Brasil participará da disputa apenas da fatia de carne congelada, atualmente em torno de 500 mil toneladas/ano. A parcela da carne cozida (em torno de 400 mil toneladas anuais) ainda é muito incipiente no conceito produtivo brasileiro. Por isso, a China e outros países asiáticos continuarão os principais fornecedores.
Por outro lado, Estados Unidos, Canadá e Chile continuarão fornecendo 300 mil toneladas de carne resfriada, demanda que o Brasil não está apto a atender por questões de logística de entrega: especialmente a distância Brasil-Japão.
Os efeitos econômicos serão lentos e gradativos. “Essa nova situação não altera de imediato o mercado”, que continua estável em consumo, restrito em negociações comerciais e necessitando de muito empenho de todos os elos da cadeia suinícola, para obtermos melhores resultados “.

Abertura do pavilhão brasileiro na Foodex, que possui vários setores de alimentos mas tem, em destaque, a carne suína de Santa Catarina. Na foto o senador do Japão, Kanji Inoki, o embaixador do Brasil, André Aranha Corrêa do Lago, o secretário de relações internacionais do MAPA, Marcelo Junqueira Ferraz, o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, o presidente da Ubabef, Francisco Turra, o presidente da Abipecs, Rui Vargas, e o diretor executivo do Sindicarne, Ricardo De Gouvêa



Data da Notícia: 06/03/2014
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