Setor avícola paulista não apresenta crescimento

Comércio do Jahu

O setor avícola paulista ficou estagnado em 2016. As perspectivas de crescimento para o ano não se confirmaram. Na tentativa de auxiliar o segmento, o governo estadual decidiu prorrogar até dezembro de 2017 linhas de crédito para capital de giro voltadas a abatedouros de aves. A garantia é a utilização de crédito acumulado do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Por meio da assessoria de imprensa, o presidente da Associação Paulista de Avicultura (APA), Érico Pozzer, comenta que a expectativa de crescimento para o ano passado era entre 3% e 4%, mas não se concretizou. Os avicultores mantiveram a mesma produção de 2016.

Os abatedouros e os avicultores enfrentaram dois problemas ao longo do ano passado. O primeiro foi o alto preço de insumos, especialmente o milho e a soja. Outro fator foram os baixos valores de comercialização.

O último levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), de 16 de dezembro, aponta que a carne de frango sofreu desvalorização em dezembro de 1,6%.

Cooperativa

O sócio-proprietário da Avícola Prearo, localizada em Bariri, Ricardo Prearo, diz que o frango abatido hoje tem o mesmo preço de quatro anos atrás. Segundo ele, a demanda para carne de frango não está aquecida porque a cultura do brasileiro é consumir mais carne vermelha. “Acredito que para 2017 o mercado irá melhorar”, afirma Prearo.

Em 2016 ele não utilizou o crédito oferecido pelo governo estadual e irá se inteirar para verificar se vale a pena obter a linha no próximo ano.

Para os avicultores, 2016 é um ano a ser esquecido. O produtor de frango Luis Alberto Lavagnini está no setor há 20 anos e diz que o atual momento é o pior dessas duas décadas.

Por mais de 16 anos ele atuou na integração, sistema em que a empresa fornece pintinhos para o avicultor cuidar do crescimento e engorda das aves. Há três anos e meio decidiu criar os frangos por conta própria e comercializar as aves com abatedouros que oferecessem maior valor.

“A crise econômica afetou o setor como um todo”, comenta Lavagnini. “Há locais em que a produção é alta, como o Paraná, mas lá o forte são as cooperativas. Os cooperados conseguem melhores preços de compra e de negociação", disse.



Data da Notícia: 09/01/2017
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