Santa Catarina rumo à certificação internacional de área livre de peste suína

Cidasc

Santa Catarina é área livre de peste suína clássica (PSC) sem vacinação. O Estado busca junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) o certificado internacional de zona livre sem imunização. O selo será solicitado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) até o fim deste ano para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A vinda do diretor geral da OIE, Bernard Vallat, para a V Conferência Nacional de Defesa Agropecuária pode representar um avanço na certificação, que ajudará os produtores catarinenses e gaúchos a manter e ampliar espaço no mercado exterior. O representante da maior entidade de saúde animal é o convidado de honra do primeiro dia de evento, que acontecerá em Florianópolis, SC, entre os dias 25 e 28 de novembro. O assunto volta à pauta no dia 26, as 13h30, com a palestra "Estratégias para o reconhecimento internacional da zona livre de PSC no Brasil".

O status de zona livre de peste suína clássica sem vacinação é mantido com rigor em Santa Catarina. O esforço poderá resultar na certificação internacional tão cobiçada por estados com expressiva produção suína e pecuária. Para que a certificação seja recebida pelos dois estados do Sul do país, Santa Catarina e Rio Grande do Sul uniram forças e criaram um grupo de trabalho para formalizar o pedido que deverá ser enviado à OIE até dezembro. O selo será dado, pela primeira vez, em maio de 2015, aos países, ou áreas de países que atendam às exigências de sanidade animal do mercado internacional.

Santa Catarina é o maior produtor de suínos do Brasil e desde 1991 é considerado área livre da peste suína clássica (PSC), segundo declaração do Ministério da Agricultura. "O estado mantém um rigoroso controle sanitário muito eficiente através da Cidasc e do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa). Esse resultado foi alcançado e é mantido com a participação dos criadores", disse Roni Barbosa, diretor de Qualidade e Defesa Agropecuária de Santa Catarina.

Em solo catarinense existem mais de 12 mil criadores independentes ou integrados às agroindústrias. Juntos eles mantém uma produção anual de 820 mil toneladas. Desde total, 150 mil toneladas são destinadas à exportação, enquanto o restante é consumido pelo mercado interno.

A Organização Mundial de Saúde Animal foi criada em janeiro de 1924 para combater as enfermidades dos animais e garantir a segurança sanitária no comércio mundial de animais e seus produtos. Atualmente 178 países fazem parte da OIE. A instituição mantém regras internacionais contra enfermidades que são cumpridas também pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

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