Redução da demanda global prejudica as exportações brasileiras de carne suína

CarneTec

As exportações brasileiras de carne suína em fevereiro totalizaram 36.940 toneladas e US$ 96,54 milhões em receita, quedas de 10% e 11%, respectivamente, em relação ao mesmo mês em 2013, refletindo uma desaceleração esperada no consumo global para os primeiros meses deste ano, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

As exportações em janeiro e fevereiro totalizaram 71.808 toneladas no valor de US$ 186,82 milhões, uma queda de 11,5% e de 12,4% em comparação ao mesmo bimestre um ano atrás. Os números abaixo do esperado eram previstos no início deste ano com base na compra reduzida por muitos países nos últimos meses, notou a Abipecs.
Enquanto as vendas no exterior devem aumentar em março, a crise macroeconômica voltada para a Ucrânia irá afetar diretamente a carne suína brasileira, disse Rui Vargas, presidente da Abipecs.

"O setor continua otimista em relação ao aquecimento do mercado do Japão e a uma situação mais favorável na Rússia, em virtude de adversidades que vêm sendo enfrentadas pela Europa e pelos Estados Unidos, concorrentes do Brasil no mercado russo", disse Vargas.

Um sinal de crescimento das exportações em março foi a aprovação de mais duas plantas de abate de carne suína brasileira pela Rússia, elevando o total para seis unidades no Brasil com a aprovação dos russos em comparação às três em todo o ano de 2013.

A Rússia foi o principal mercado de exportação de carne suína brasileira em fevereiro e representa 29,4% do total das vendas em volume, seguida por Hong Kong (23,5%) e Angola (11,8%). As exportações para a Rússia totalizaram 10.872 toneladas no mês passado, queda de 0,8% ante o ano anterior.

As vendas para a Ucrânia caíram drasticamente nos dois primeiros meses deste ano, totalizando 1.700 toneladas, uma queda de 89% em relação ao mesmo período em 2013.

Os principais mercados de exportação da carne suína brasileira no primeiro bimestre foram a Rússia, com 22.355 toneladas, seguida por Hong Kong (17.908 t), Angola (8.409 t), Cingapura (4.676 t) e Uruguai (2.863 t).



Data da Notícia: 13/03/2014
O SINDICARNE / ACAV / AINCADESC utiliza cookies para a geração de estatísticas nos acessos do site, essas informações são armazenadas em caráter temporário exclusivamente para esta finalidade. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com o monitoramento.