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Os dados compilados pelo MAPA mostram que o volume de carnes exportadas no primeiro trimestre de 2014 aumentou 4,19% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas quem contribuiu para essa expansão foi, essencialmente, a carne bovina, cujo volume embarcado aumentou 17,17%. O incremento da carne de frango foi apenas marginal (+0,77%), enquanto carne suína e de peru tiveram seus volumes reduzidos (-8,06% e -11,98%, respectivamente).
Já no preço médio o recuo foi generalizado, as quatro carnes registrando perda em relação a 2013. O maior recuo recaiu sobre a carne de frango (-12,98%) e o menor sobre a carne suína (-0,57%). Carne de peru e bovina tiveram perdas intermediárias (-5,11% e 3,41%, respectivamente).
Em decorrência, sobretudo, da queda no preço médio, a receita cambial do período ficou negativa em 1,52%. Um resultado que poderia ter sido pior não fosse o incremento de 13,17% na receita cambial da carne bovina, pois a da carne de peru caiu 16,48%, a da suína 8,58% e a da carne de frango 12,31%.
Com esse resultado, a participação do frango na receita cambial das carnes recuou mais de 10%. Correspondeu a 46,5% do total há um ano; ficou reduzida a 41,4% em 2014. Na direção oposta, a participação da carne bovina aumentou 14,9%, passando de 37,5% em 2013 para 43,1% no primeiro trimestre de 2014.
Aparentemente, essa é a primeira vez em décadas que a receita cambial da carne de frango é menor que a da carne bovina. Notar, de toda forma, que nos dados do MAPA não foi computada a exportação de carne de frango salgada, com receita cambial próxima de US$120 milhões.
Assim, a receita efetiva da carne de frango supera os US$1,7 bilhões, sendo maior que a da carne bovina.