Ranking dos 10 mais: quem entrou, quem saiu e quem continua “devendo”

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Os exportadores brasileiros de carne de frango terminaram maio de 2015 atendendo 133 países – cinco a mais que o registrado até abril, mas, por ora, 13 países a menos que o total do ano passado. Há, porém, tempo para recuperação e superação dos números de 2014.

E como há tempo, recuperação e superação são o que se espera, também, dos volumes embarcados e (ainda que parcialmente) da receita cambial, ambos até agora negativos.

Quanto ao volume, a maior parte dos 10 maiores importadores deste exercício vem dando o seu quinhão de contribuição, pois apenas três reduziram a quantidade adquirida – Japão, Hong Kong e Holanda. Mas a queda deles decorrente foi neutralizada pelo aumento dos demais e, com isso, os “top 10” registram até agora expansão de 6,56%.

Não é o que ocorre, infelizmente, com os demais 123 países atendidos pelo Brasil no período, pois, em conjunto, suas compras recuaram mais de 18%. Isto, no entanto, acaba tendo pequeno reflexo no volume global, pois sua participação nas exportações brasileiras de carne de frango vem sendo inferior a um terço do total exportado.

Tal constatação, por outro lado, ressalta a importância dos 10 principais importadores do produto, ora absorvendo quase 70% das exportações brasileiras de carne de frango.

Por sinal, a análise da composição desse ranking permite a criação de três blocos distintos de exportadores: países que entraram para o rol dos “10 mais”, países que deixaram o rol e países que deveriam ter entrado, mas até hoje estão “devendo”.

Um dos que entraram – e com grande destaque – para o rol foi a Coreia do Sul que, em cinco meses, importou mais que o dobro do mesmo período de 2014 e saltou da 18ª para a 8ª posição. Aliás, nesses cinco meses a Coreia do Sul já superou o total importado em 2014 (51,8 mil/t), processo que decorre da suspensão das compras nos EUA devido à Influenza Aviária naquele país.

Ausente nos últimos meses, o Reino Unido (ora na 10ª posição) apenas retorna ao ranking, onde tem sido presença constante. Notar que embora importe volume equivalente a praticamente um terço do que segue, por exemplo, para a África do Sul, o Reino Unido propicia receita cambial mais de 80% superior. É o efeito da compra de itens com maior valor agregado. Aliás, as importações britânicas deste ano estão quase 100% concentradas nos industrializados e na carne de frango salgada.

Em 2015 (e pelo menos até maio) dois países deixaram o rol dos “10 mais”: a Venezuela, sexto maior importador entre janeiro e maio de 2014; no momento se encontra na 14ª posição. E o Egito, que caiu da 10ª para a 13ª posição. Nos dois casos a redução está relacionada à crise econômica interna enfrentada pelos dois países e à forte valorização do dólar.

Rússia e México são os dois países que, esperava-se, entrariam para o rol – algo que até agora não se concretizou. Em 2015 os russos aumentaram suas importações, subindo da 22ª para a 19ª posição. Apesar, porém, de o volume importado ter apresentado incremento de 33%, em termos físicos a mudança foi mínima, pois representou variação de apenas seis mil toneladas - de cerca de 18 mil toneladas para perto de 24 mil toneladas neste ano.

Já o México registra aumento de mais de 200% no volume importado. Mas apenas subiu da 41ª para a 26ª posição. Além disso, o acumulado entre janeiro e maio de 2015 (10,7 mil/t) correspondeu a não mais que seis milésimos do total exportado pelo Brasil neste ano.



Data da Notícia: 17/06/2015
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