Rabobank prevê volatilidade para soja

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Na segunda semana de junho, após alcançar o maior patamar em três anos, cotações de soja em Chicago pararam de subir,com a revisão dos estoques mundiais pelo USDA. Apesar disso, incertezas a respeito da magnitude da quebra de safra na Argentina somam-se à preocupações sobre possíveis impactos do fenômeno La Niña nas lavouras americanas no segundo semestre, traduzindo-se em uma conjuntura que reduz a chance de um colapso dos preços no curto prazo.

Apesar disso, as próximas semanas deverão ser marcadas pela alta volatilidade na CBOT, conforme traça-se um cenário mais claro a respeito do clima e da evolução das lavouras do hemisfério norte. Também será essencial para o direcionamento dos preços as estimativas da área efetivamente plantada nos EUA, aguardadas no relatório do USDA agendado para 30 de junho.

No mercado brasileiro, a alta internacional foi mais que suficiente para compensar a retração cambial,levando a uma alta generalizada da precificação doméstica. Assim, os preços, que iniciaram o terceiro trimestre em Rondonópolis (MT) a R$ 70/saca, superaram os R$ 88/saca ao final da primeira quinzena de junho, ainda impulsionados pelas exportações aquecidas.

Assim, em decorrência (i) do elevado ritmo de vendas ao exterior, (ii) do período de entressafra que tradicionalmente correlaciona-se com um fortalecimento das cotações locais e (iii) de uma “contaminação” da alta verificada no mercado de milho, espera-se que os preços no país sigam fortalecidos ao longo de todo o terceiro trimestre.