Estadão
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 0,54% em setembro, ante 0,22% em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, que veio dentro das estimativas, o IPCA passou a acumular altas de 7,64% no ano - o maior patamar desde 2003 - e de 9,49% em 12 meses. O principal vilão foi o botijão de gás, que ficou 12,98% mais caro no mês passado. A alta é fruto do reajuste de 15% autorizado pela Petrobrás nas refinarias, vigente desde 1º de setembro. "Enquanto em algumas regiões pesquisadas o preço do produto aumentou bem menos do que o reajuste concedido, a exemplo do Rio de Janeiro, que ficou em 9,49%, em outras o preço superou em muito o reajuste. É o caso de Vitória, onde atingiu 20,08%, Goiânia, 19,68%, e Brasília, 19,23%", destaca o IBGE. "Em 2002, houve retirada do subsídio do gás e ainda aconteceram dois reajustes", disse Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. "Desde então, o preço nas refinarias não havia aumentado", afirmou. Segundo Eulina, os aumentos podem ser explicados pelos maiores gastos das distribuidoras com mão de obra e transporte. (Veja mais em http://bit.ly/1FXdcOk)