Produtor trava luta constante pela produtividade

Folha de S. Paulo

"Eu nunca estou contente com a produtividade que tenho. Quero sempre mais."

Foi a constante inquietação que levou o produtor Elci Dalgalo, há 39 anos na atividade, a buscar novos caminhos.

Produtor do oeste do Paraná, Dalgalo conseguiu até 464 sacas de milho safrinha por alqueire (193 por hectare) em algumas partes da propriedade.

O feito se deve a uma soma de esforços que vão da conservação do solo há pelo menos duas década à busca de parceiras que trouxessem novas oportunidades de manejo.

A utilização de calcário e de gesso já é uma constante pelo produtor, quando se trata de correção de solo.

Para elevar ainda mais a produtividade, adapta o plantio ao melhor momento, antecipando o de soja para dar uma "janela" melhor paro o de milho. Além disso, faz um controle preventivo de pragas.

Isso ajuda. Mas o produtor busca ainda, por meio de novas parcerias, mais assistência técnica e conhecimento.

Essas parcerias vêm de cooperativas da região e de empresas voltadas para o fornecimento de insumos.

O objetivo de Dalgalo casou com uma iniciativa de Syngenta de busca de maior produtividade em milho, soja e trigo no país.

João Paulo Zampieri, diretor da unidade de negócios Sul da empresa, diz que é necessária uma elevação de produtividade no país, que ainda é baixa em relação a outros concorrentes.

A elevação da produtividade passa, no entanto, por um programa de convencimento do produtor. Conforme essas parcerias vão apontando o aumento de produtividade, mais produtores aderem.

No momento em que produtores como Dalgalo vão melhorando a produtividade, e esses números ficam evidentes, outros veem que é possível a elevação da produção, segundo ele.

A empresa acredita que esse é um trabalho estratégico, que coloca todas as pontas da cadeia em sintonia.

"As tecnologias têm de conversar", afirma Robison Cezar Serafim, diretor de marketing.

A empresa tem a tecnologia –de sementes a insumos agroquímicos–, além de serviços e conhecimentos do setor.

Essa gama de produtos e serviços da empresa, somados aos das cooperativas e de outras empresas do setor, vai dar nova formas e meios de gestão da produção. O resultado é uma elevação da produtividade.

É um jogo de ganha e ganha. A Syngenta vende mais; os produtores elevam a produção e as receitas, enquanto as cooperativas vendem mais produtos e recebem mais grãos em seus armazéns.

Dalgalo planta 400 alqueires de milho na safrinha, e 140 destes estão dentro dessa parceria.

A adoção de um programa desse de aumento de produtividade eleva custos, admite Zampieri, mas também traz lucros.
As despesas sobem, em média, 5 sacas por hectare. A produtividade cresce, no entanto, 22 sacas nessa mesma área.

A produtividade média do produtor do oeste do Paraná nos 140 alqueires que atua em parcerias foi de 158 sacas por hectare. Já a média da área total foi de 135 sacas.

Zampieri diz que a média de produção no Paraná é de 90 sacas por hectare. Na área das cooperativas, a média sobe para 110, enquanto os líderes de produção nessa parceria conseguiram 150 sacas



Data da Notícia: 30/11/2016
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