Produção de carne mundial deve crescer 2% em 2018

CNA, adaptado pela equipe feed&food

Um relatório publicado duas vezes ao ano pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apresenta as expectativas de produção, exportação, consumo e estoques das proteínas bovina, de frango e de suíno no mundo. Segundo esses dados, 2018 terá importantes aumentos.

As exportações, por exemplo, segundo aponta o relatório, devem subir de 8% - sendo 5% para bovinos, 2% para os frangos e 1% para os suínos, no comparativo com 2017. Na avaliação feita pelos especialistas, o aumento dos embarques da carne bovina são decorrentes de uma melhora da demanda global.

Os preços competitivos ofertados pelo setor também são destacados como relevantes para esse crescimento. A expectativa é de que importantes exportadores, como o Brasil e EUA, ofereçam valores menores e assim aumentem suas vendas.

O crescimento das vendas no País deve chegar a 9%, um número 3% maior do que o estimado para os Estados Unidos, neste mesmo período. O resultado positivo é decorrente dos embarques realizados a um dos principais mercados consumidores nacional: a China.

Já os embarques de carne suína não terão seu crescimento focado no Brasil. A previsão, de acordo com o relatório, é de que as exportações cresçam principalmente para a União Europeia, EUA e Canadá. Por outro lado, a expansão deve ser limitada devido ao investido na produção doméstica de carne de frango em importantes compradores, como a China, e devido à proibição da compra do produto brasileiro pela Rússia. Assim, a carne de frango também não terá um crescimento expressivo por conta das barreiras ao comércio do Brasil e EUA.

Pecuária. A previsão é de que a produção mundial de carne bovina cresça 2% neste ano. Entre os principais mercados responsáveis por esse aumento está o Brasil, Estados Unidos, Austrália e Argentina. Para a produção nacional, os especialistas apontam o crescimento como proveniente do aumento do peso da carcaça dos bovinos, avanço da demanda interna e melhora nas exportações.

Suinocultura. Seguindo os passos da pecuária, a produção suinícola mundial também deve crescer 2% neste ano. A estimativa é a maior dos últimos cinco anos, mas não traz o Brasil para o ranking. O aumento, segundo o relatório, está concentrado na China, EUA e União Europeia.

O crescimento no número de matrizes na Polônia, Holanda e Espanha também contribuiu para a alta. Outro ponto destacado foram os preços favoráveis em 2017. Já neste ano, a demanda doméstica enfraquecida, junto às perspectivas de exportações desafiadoras, devem pressionar os preços em 2018.

Para o País, o movimento é de baixa no setor tanto na produção como na exportação. A expectativa é de queda de 01,3% na produção e de 20,5% nos embarques, resultado do fechamento de um dos principais mercados nacionais: a Rússia. Outros fatores importantes para esse resultado são o aumento nos custos de produção e as consequências da Operação Carne Fraca.

Avicultura. Igualmente às demais produções, o crescimento produtivo avícola será de 2%, de acordo com a análise dos especialistas. O aumento traz Brasil, EUA, Índia e União Europeia frente ao resultado positivo. Essa elevação para alguns países é decorrente de maior demanda do consumo doméstico.

Nacionalmente a expectativa é de que a produção cresça 1,7% ou 225 mil toneladas. As quedas nos preços e os entraves enfrentados na exportação são fatores que limitaram o crescimento. Já na UE a produção deve crescer 2%, chegando ao recorde de 19 milhões de toneladas em 2018.



Data da Notícia: 11/07/2018
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