G1
Os prroblemas encontrados nos frigoríficos brasileiros durante a Operação Carne Fraca são "questões pontuais", que já foram resolvidas ou estão em fase de conclusão. A afirmação é da Associação Brasileira de Proteína Animal, entidade que representa os produtores de aves e suínos no Brasil.
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (21), a ABPA rebateu as críticas feitas pelo chefe de segurança alimentar da União Europeia, Vytenis Andriukaitis, em entrevista exclusiva ao G1. Ele disse que a UE encontrou falhas na carne brasileira e pediu novas medidas ao Brasil. Andriukaitis ainda ameaçou impor novas restrições à carne brasileira se o governo não atendesse às exigências do bloco comercial.
A ABPA reafirmou o seu compromisso com a qualidade da carne produzida e a importância do mercado europeu.
"Somos responsáveis por 53% de toda a carne de frango in natura e preparados de carne de frango importados pela União Europeia. Nos últimos 20 anos, embarcamos para a União Europeia 6,97 milhões de toneladas de carne de frango, o equivalente a 278,8 mil contêineres. Não há relatos de problemas ao consumidor europeu", disse a associação, em comunicado.
Veja a íntegra do comunicado da associação
"Com relação à entrevista de Vytenis Andriukaitis, Comissário de Saúde e Segurança Alimentar da União Europeia ao G1, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), entidade que representa a avicultura e a suinocultura do Brasil, vem apresentar informações adicionais aos pontos abordados na publicação:
- As ocorrências relacionadas à Operação Carne Fraca foram solucionadas ou estão em fase de conclusão. Foram questões pontuais, que não representam a totalidade do setor de proteína animal brasileiro.
- O Brasil recebe anualmente centenas de auditorias privadas para a avaliação de seu sistema. Em 2016, foram aproximadamente 1 mil visitas técnicas, comerciais e auditorias privadas em empresas do setor, de certificações como BRC, IFS, BEA, SMETA, GlobalGap, ISO, ALO FREE, Certified Humane e outros.
- O Brasil é um importante parceiro pela segurança alimentar de 150 mercados pelo mundo, incluindo a União Europeia.
- O setor de proteína animal do Brasil tem um longo e sólido relacionamento comercial com o Bloco Europeu, para onde exportamos cerca de 400 mil toneladas de carne de frango em 2016 – o equivalente a 9,3% de nossas exportações.
- Somos responsáveis por 53% de toda a carne de frango in natura e preparados de carne de frango importados pela União Europeia.
- Nos últimos 20 anos, embarcamos para a União Europeia 6,97 milhões de toneladas de carne de frango, o equivalente a 278,8 mil contêineres. Não há relatos de problemas ao consumidor europeu.
- Por fim, o setor de proteína animal brasileiro reafirma seu compromisso com a qualidade e o fornecimento de produtos de elevado padrão para seus diversos mercados consumidores, seja a União Europeia, ou mesmo o Brasil. A tecnologia e o emprego de rígidos controles foram determinantes para o país alcançar a liderança mundial nas exportações de carne de frangos, posto que ocupa desde 2004."