Cepea
Os preços do suíno vivo têm subido de forma expressiva, segundo levantamentos do Cepea. As valorizações se deram em um ambiente de oferta restrita de animais terminados e demandas doméstica e externa firmes. No Brasil, a procura pela carne suína foi favorecida pelo encarecimento das concorrentes (bovina e de frango). Assim, o poder de compra de suinocultores frente ao milho e ao farelo de soja registrou melhora no correr do mês. Em São Paulo, os recuos nos preços do cereal também ajudaram a elevar a relação de troca. Para produtores do Oeste Catarinense, a melhora na relação de troca foi mais tímida, uma vez que as altas no preço do suíno e as baixas do milho foram mais contidas.
Nos últimos sete dias, foi em Minas Gerais que os preços do suíno vivo posto no frigorífico mais subiram nesta semana. Entre 20 e 27 de março, o Indicador do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ do estado teve alta de 5,8%, com o preço médio à vista passando para R$ 3,65/kg nessa quinta-feira, 27. Em São Paulo, o aumento foi de 2% no período, com o animal vivo comercializado a R$ 3,63/kg, à vista, na quinta.
Nos estados do Sul, a valorização mais intensa foi observada no Paraná. O Indicador do estado - que reflete a média dos preços pagos ao produtor pelo suíno a retirar na granja e os valores da integração (acrescida de bonificação) - subiu 4,8% e o quilo vivo do suíno passou para a média de R$ 3,30, à vista, nessa quinta. No Paraná e em Santa Catarina, os Indicadores tiveram altas, respectivamente, 2,6% e 1,3%, indo para as médias à vista de R$ 3,21/kg e R$ 3,15/kg - nesses estados, o cálculo também é realizado nas mesmas condições do Paraná.
Quanto aos preços das carcaças comercializadas no atacado da Grande São Paulo, a carcaça comum suína se valorizou 3,6% entre 20 e 27 de março, com o quilo da carne negociada na média de R$ 5,41, à vista, nessa quinta-feira. Para a carcaça especial, o aumento foi de 2,7% no período, indo para R$ 5,66/kg.