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O mercado do agronegócio é um dos mais importantes para a economia brasileira e também um dos mais competitivos. As empresas desse setor trabalham com commodities que, geralmente, têm preço fixo e, por isso, são fortemente pressionadas pela questão custo, tempo e rentabilidade. Nesse cenário, é indispensável focar em estratégias que possam garantir uma redução de custos integrada a uma gestão eficiente e sustentável. Mas, como a tecnologia pode ajudar na preparação de uma safra?
O primeiro passo é entender que o planejamento é uma peça essencial para o produtor rural definir onde ele quer chegar e, a partir disso, fazer a mensuração de seus resultados e gerenciar suas despesas. Para isso, é preciso compreender que há duas variáveis – a produtividade e o preço do mercado. Se a intenção é atingir uma melhor rentabilidade na produção agrícola, isso só será possível por meio de uma excelência em custos e perfeito aproveitamento de recursos, o que só faz sentido com o apoio de uma ferramenta que organize as atividades e os processos de ponta a ponta.
Hoje, existem tecnologias especializadas em realizar um bom planejamento agrícola, considerando as melhores estratégias para cada tipo de cultivo. Desta forma, é possível criar um plano padrão de operações, que inclui o cenário global ou um recorte de ações diárias, facilitando o levantamento de análises de clima e parâmetros de uso de recursos como terra, mão de obra, máquinas, adubos, herbicidas, sementes, entre outros. Tudo isso, com a possibilidade de comparar unidades e até indicar preços médios de materiais e despesas, para que o produtor consiga avaliar a melhor opção para cada safra.
Com base nesses indicadores é possível conhecer e avaliar a produção e os recursos utilizados, mas, sobretudo, organizar o que é necessário para cada ambiente de produção, incluindo equipamentos, área e tempo gasto. O produtor pode então acompanhar a execução das tarefas e comparar o resultado real com o que foi planejado anteriormente, coletando as informações para análise gerencial e fazendo apontamentos e especificações da produção via smartphone ou tablet, o que facilita o dia a dia e torna todo o processo mais eficiente.
No entanto, não basta ter um sistema que controle todas as suas atividades, pois o planejamento começa bem antes do plantio e depende de um processo de levantamento de informações e projeções anuais. E ele também não acaba na colheita, já que essa gera informações essenciais para o planejamento do próximo ciclo. É preciso buscar apoio em uma tecnologia que seja capaz de cruzar os dados e gerar avaliações para que o produtor rural tenha elementos suficientes na hora de iniciar um novo processo, ou realizar alteração naqueles que já estão em andamento.
Essas etapas só serão bem aproveitadas se aplicadas dentro de um modelo de gestão bem conhecido no mercado, o ciclo PDCA - Planejar, Executar, Controlar e Agir. O resultado final deste processo é uma gestão bem resolvida e orientada para tomada de decisões e otimização das etapas de produção, além de cuidar da tão almejada redução de custos.
Ou seja, não basta ter os equipamentos mais modernos, os melhores insumos e uma mão de obra bem treinada se o produtor não souber planejar e converter esses elementos em lucro e excelência para o seu negócio.
Fabio Girardi é diretor do segmento de Agroindústria da TOTVS