Pintos de corte: expansão de 3,5% no primeiro trimestre

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Tudo indica que, frente às perspectivas nada animadoras da economia brasileira, a indústria do frango pisou no freio.

Dados da APINCO mostram que, após um início de ano em que o volume de pintos de corte produzidos aproximou-se dos 540 milhões de cabeças, houve retrocesso na produção: em março, mês também de 31 dias, como janeiro, o volume registrado ficou em 523,1 milhões de cabeças, retrocedendo pouco mais de 3% sobre o primeiro mês do ano (em relação a fevereiro registrou-se aumento de 5,5%, mas aqui esse tipo de comparação não é válido, pois fevereiro tem 28 dias).

De toda forma, não vai escapar dos mais atentos que, em comparação a março de 2014, observa-se aumento de 5,13% - um incremento sem dúvida exagerado para o atual momento econômico. No entanto, para afastar conclusões precipitadas, é oportuno lembrar que em março do ano passado o volume produzido retrocedeu 5,14% em relação ao mesmo mês do ano anterior. E isto quer dizer que os atuais 523,1 milhões de cabeças estão ligeiramente abaixo do que foi produzido dois anos atrás, em março de 2013 – 524,6 milhões de cabeças.

Sob esse aspecto, aliás, a produção do primeiro trimestre de 2015 – perto de 1,559 bilhão de cabeças - também apresenta, à primeira vista, características preocupantes, visto ter aumentado 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, ela é apenas 2,8% maior que o 1,516 bilhão de cabeças do 1º trimestre de 2013. Ou, retrocedendo um pouco mais no tempo, apenas 3,9% superior ao 1,5 bilhão de cabeças do mesmo trimestre de 2011 – índice de incremento médio pouco superior a 1% ao ano.

A observar, ainda, que no segundo trimestre do ano passado a produção registrada ou teve evolução negativa (abril e maio) ou registrou expansão mínima em relação ao mesmo mês do ano anterior (junho).

Por essa razão, os resultados do corrente trimestre tendem a apresentar índices de incremento anuais expressivos. Mas, novamente, com crescimento moderado em relação ao mesmo período de 2013. E, principalmente, sem atingir o altíssimo nível apregoado por um expert do setor (“mais de 600 milhões de pintos de corte em maio”). Mesmo porque o setor não dispõe de capacidade instalada para produzir tão alto volume em um único mês.

Pintos de corte



Data da Notícia: 07/05/2015
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