Avisite
O que aconteceu em setembro ou deve ocorrer neste trimestre final de 2014 ainda é uma incógnita. Mas até agosto, a produção brasileira de pintos de corte permanecia ligeiramente negativa em relação ao que foi registrado nos oito primeiros meses de 2013.
Em agosto, normalmente, a produção de pintos de corte supera a dos meses anteriores (em algumas ocasiões chegou a ser recorde no ano). Porque, em essência, ainda que tenha os mesmos 31 dias do mês anterior, com a aproximação da primavera agosto tem maior luminosidade e, com ela, maior produtividade.
Isso, porém, não ocorreu em 2014 e, assim, a produção de julho permanece como a maior do ano. Porque, a despeito da maior luminosidade (e de consequente maior produtividade), agosto teve menos dias úteis e, por decorrência, menor número de incubações. Daí a queda de quase 2% de um mês para outro no volume de pintos produzidos.
De toda forma, os 532,452 milhões de pintos de corte de agosto de 2014 representaram aumento de 1,31% sobre o mesmo mês do ano passado, correspondendo ao segundo maior volume do ano. Além disso, permanecem como o terceiro maior volume dos últimos 24 meses, ou seja, ficaram aquém, também (ainda que por pequena margem), do que foi produzido em outubro de 2013.
Com esse resultado, a produção do ano permanece ligeiramente negativa em relação ao ano passado. Apresenta redução de 0,12% em relação ao que foi produzido entre janeiro e agosto de 2013 e soma 4,106 bilhões de cabeças, volume que – é bom ressaltar – corresponde a um aumento de menos de 0,3% (três décimos!) sobre os oito primeiros meses de 2011. Isso mesmo, de três anos atrás.
No acumulado dos últimos 12 meses a situação é um pouco diferente, mas não muito. Pois a produção registrada entre setembro de 2013 e agosto de 2014 foi pouco além dos 6,142 bilhões de pintos de corte. Assim, aumentou apenas 0,8% em relação a idêntico período anterior e – como ocorreu em 2012 – tende, no ano, a um crescimento real negativo.