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Depois de completarem os cinco primeiros meses do ano com um crescimento relativamente constante em relação ao mês anterior (na média mensal, o incremento médio do período foi de 3,6%, com expansão máxima de 1,5 ponto percentual acima desse índice), a produção brasileira de pintos de corte se desgarrou do exercício anterior: em junho, fechando o primeiro semestre do ano, o volume produzido – 552,167 milhões de cabeças – ficou 10,4% acima do registrado em junho de 2014.
Devagar com as conclusões, porém. No ano passado, em junho (época da Copa do Mundo, lembram-se?), o frango registrava os piores preços do ano, vindo numa baixa contínua que havia começado em abril. Em decorrência, a produção de pintos de corte daquele mês retrocedeu a um dos mais baixos volumes de 2014.
Em suma, não que a produção tenha aumentado significativamente. A base de cálculo é que foi baixa. O que não impede de observar que o volume de junho foi o mais elevado de 2015 e dos últimos oito meses, só perdendo nos últimos 24 meses para a produção de outubro de 2014 – 568,185 milhões de cabeças.
Como consequência do último resultado, o volume produzido no ano (e que, em cinco meses, apresentava expansão de 3,5%) encerrou o primeiro semestre do presente exercício com um incremento de 4,72%, índice não muito distante do observado na produção dos últimos 12 meses, que aumentou pouco mais de 4%.
À primeira vista elevados, esses índices, curiosamente, também estão muito próximos da expansão registrada nas exportações de carne de frango dos sete primeiros meses do ano, da ordem de 4,5%.
Não há, por ora, indicações do volume total de carne de frango produzido no ano ou, mesmo, da evolução do consumo interno. Neste caso, porém, um fato é certo: a acessibilidade do frango frente à carne bovina com certeza está proporcionando maior absorção do produto neste ano.
Em decorrência, mesmo aumentando perto de 5%, a produção de pintos de corte permanece em um nível que atende adequadamente as demandas interna e externa.