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Em abril houve forte desvalorização mensal (20%) no preço dos ovos ao produtor, enquanto no varejo paulistano a redução foi mais modesta, de 4,6%. Em doze meses, enquanto o preço na granja aumentou 23,3%, no varejo o crescimento atingiu apenas 12,3%.
Com isso, a participação do produto na granja em relação ao varejo aumentou de 34,6% em abril do ano passado para 37,9%. Entretanto, houve perda de 7,3 pontos percentuais no mês. Em março a relação estava em 45,2%.
No primeiro quadrimestre, o produtor de ovos alcançou melhor performance no preço praticado em relação ao varejo: relação média de 41,7%. O melhor índice dos últimos 3 anos.
Mesmo isso, porém, é insuficiente para compensar o extremo aumento verificado no preço do Milho e Farelo de soja. A saca do milho sofreu aumento anual de mais de 80% em abril e, em maio, pode chegar a 100%. O Farelo de Soja que em abril ficou cerca de 5% a menos, em maio será, pelo menos, 20% superior.
Como se percebe, diante desse exorbitante aumento nas matérias-primas básicas utilizada na alimentação das aves, e sem conseguir fazer os repasses necessários, a avicultura de postura corre o risco de insolvência no curto prazo.