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A indústria avícola depende de incubação assistida em grande escala. Para que o varejista tenha a quantidade certa de frango disponível quando o consumidor quiser comprar, o incubatório tem que entregar o número correto de pintinhos, nos dias certos e da forma mais uniforme possível. Os desafios que envolvem essa etapa da agroindústria avícola foram o tema da última palestra do 12º Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e Nutrição, nesta quinta-feira, feita por Dinah Nicholson, diretora global de incubação da Aviagen.
Apesar de parecer invenção do agronegócio moderno, há indícios de incubação assistida por humanos há 2 mil anos na China e no Egito, de acordo com a pesquisadora. A avicultura evoluiu e mudou ao longo do tempo, e anos de seleção genética para obter determinadas características de frangos de corte alteraram o crescimento desses animais e sua conversão alimentar, de modo que as aves alcançam o peso de abate muito mais rápido do que há quatro décadas.
Por outro lado, o tempo que se leva para transformar um ovo em uma galinha quando a agroindústria começou ainda é o mesmo, de 21 dias. Com a demanda crescente de proteína animal no mundo, esse segmento da avicultura tem constituído um grande desafio, disse Nicholson. Além disso, afirmou, há outras questões a serem pensadas no segmento. Uma é a desinfecção de ovos, incubatórios e pintinhos sem uso de formaldeído (formol) – danoso a seres humanos – em uma indústria livre de antibióticos, o que constitui uma tendência global. Outra é o transporte de cada vez mais pintinhos em tempos de preocupação com o bem-estar animal.
O EVENTO
Organizado pela Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), o Simpósio foi realizado em Florianópolis de 25 a 27 de setembro, na Praia dos Ingleses. Os mais de 500 inscritos acompanharam palestras de pesquisadores do Brasil, Estados Unidos e Israel, além de participações de representantes das maiores empresas do setor.