No decorrer do ano passado a relação de troca entre o preço médio recebido pelo produtor de ovos na comercialização do seu produto e o que ele teve de desembolsar para adquirir a principal matéria-prima destinada à alimentação das aves foi extremamente prejudicial.
A evolução média de 2010 a 2020 aponta que no primeiro semestre a relação é de 10,6 caixas de ovos para adquirir a tonelada de milho, enquanto no segundo semestre evolui para cerca de 11,5 caixas.
No primeiro semestre do ano passado o produtor de ovos comerciais necessitou de 15,7 caixas de ovos para obter a tonelada do grão, enquanto no segundo semestre caiu levemente para 15,4 caixas. Ou seja, o produtor de ovos teve que dispor de, respectivamente, 5,1 e 3,9 caixas a mais para adquirir a mesma quantidade de milho.
Considerando que o milho é o principal item da ração e, consequentemente, do custo de produção dos ovos, o dispêndio maior significou enormes prejuízos ao setor de postura comercial, que não conseguiu acompanhar a ascensão da matéria-prima, indicando que os avicultores conviveram com perdas expressivas.