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Apesar da falta de incentivo, da péssima infraestrutura, dos gargalos logísticos e da restritiva legislação, é um fato extraordinário a agropecuária nacional exportar quase 100 bilhões de reais por ano e, assim, literalmente salvar a balança comercial brasileira. Mesmo com as dificuldades que marcam o cenário econômico, o setor primário da economia terá um período relativamente bom para as cadeias produtivas de suínos, aves e leite. O governo deve intervir menos na economia e dar autonomia para a equipe econômica recolocar nos eixos os fundamentos macroeconômicos do País.
Esse sentimento dominante no agronegócio brasileiro será exteriorizado nesta quinta-feira (8), durante o FÓRUM CATARINENSE DO AGRONEGÓCIO, pelo presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos e vice-presidente para assuntos estratégicos do agronegócio da FIESC Mário Lanznaster. O evento ocorre paralelamente à EXPOESTE, das 14h30 às 18 horas, no Parque de Exposições Tancredo Neves, em Chapecó.
Lanznaster acredita que o Brasil ampliará fortemente a presença no mercado externo. “Abrimos o mercado japonês e disputamos o seu abastecimento com Estados Unidos, Canadá, Dinamarca, México e Chile. Essa competição será definida pelos aspectos técnicos de atendimento aos padrões exigidos, o cumprimento de prazos e demais condições estabelecidas nas negociações.”
O dirigente avalia que o Brasil pode atender no longo prazo até 20% da demanda japonesa de carne suína. Lembra que a carne suína conquistou, também, o mercado norte-americano, o maior e um dos mais exigentes do planeta. “Não chegamos a este estágio de forma gratuita. Construímos o mais respeitado status sanitário junto à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como área livre de aftosa sem vacinação e área livre de peste suína clássica. Este é um status sanitário superior e diferenciado.”
Os Estados com maior participação no esforço exportacionista são Santa Catarina com 37%, Rio Grande do Sul 30,3%, Goiás 9,6%, Paraná 9,3%, Minas Gerais 8,5%, depois, Mato Grosso do Sul 3,4%, São Paulo 1% e Mato Grosso com 0,9%. Os principais destinos são Rússia (186 mil toneladas), Hong Kong (110 mil toneladas), Angola (52 mil toneladas), Singapura (32 mil toneladas) e Uruguai (20 mil toneladas). Os outros mercados compram 81 mil toneladas.
Os maiores importadores mundiais – que se abastecem do Brasil e de outros grandes países fornecedores – são Japão, México, China, Rússia. Coréia do Sul e Estados Unidos. O Japão comprou em 2014 o formidável volume de 1,320 milhão de toneladas; o México 815 mil toneladas e a China 810 mil toneladas. A Rússia adquiriu 460 mil, a Coréia 440 mil e os norte-americanos 430 mil toneladas.
PALESTRA MAGNA
O Fórum Catarinense do Agronegócio tem como presidente de honra o titular da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC) Marcos Antonio Zordan. Na abertura dos trabalhos, a correspondente da RBS TV no Distrito Federal, jornalista Carolina Bahia, fará a apresentação do Prêmio Catarinense do Agronegócio.
A palestra magna, que iniciará às 15h45, será proferida por uma das maiores lideranças mundiais em cooperativismo e agronegócio, o ex-ministro e Dr. Honoris Causa em Economia/FVG, Roberto Rodrigues. Ele falará sobre o tema “Agronegócio em números, perspectivas e desafios”.
Na sequência, às 16h45 haverá painel de debate com lideranças do agronegócio que discutirá “Os desafios do agronegócio para 2016”. Participarão os presidentes da OCESC Marcos Zordan; da Coopercentral Aurora Alimentos Mario Lanznaster; o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (FAESC) e presidente da CIDASC Enori Barbieri; e o presidente da Cooperalfa e conselheiro da Federação das Cooperativas Agropecuárias de Santa Catarina (FECOAGRO), Romeo Bet.
O Fórum Catarinense do Agronegócio é uma realização da RBS TV com patrocínio da FECOAGRO e FIESC. Informações podem ser obtidas pelo telefone (49) 3321 8750.