Oeste catarinense demonstra pujança da raça Holandesa

MB Comunicação

Aperfeiçoamento por meio de programas de acasalamento dirigidos que melhoram a genética do rebanho, aumentado a produção e produtividade dos animais. Somam-se a isso o manejo alimentar adotado pelos criadores nos últimos anos, com o incremento de pesquisas orientadas para que haja mais equilíbrio e lucratividade. Estas são algumas características do rebanho de animais da raça Holandesa em território catarinense.

Os planteis do Estado não deixam a desejar em comparação aos demais, por isso, os animais das propriedades apresentam excelentes níveis de produção. O que foi comprovado no julgamento dos jovens da raça Holandesa durante a EXPOMERCO, evento paralelo à EXPOESTE 2015 realizado no Parque de Exposições Tancredo de Almeida Neves, em Chapecó.

De acordo com o superintendente técnico da Associação Catarinense de Criadores de Bovinos (ACCB), Vamiré Luiz Sens, no Estado existem aproximadamente 200 propriedades registradas com produção de animais da raça Holandesa. “Observa-se uma evolução na produtividade dos animais, um incremento elevado nos planteis e uma inexpressiva comercialização para outros Estados, pois a demanda interna é grande”, explicou.

Outra evolução do setor relaciona-se à atividade que passou de paralela para principal. No Estado, são mais de 70 mil propriedades que produzem leite, sendo que em 60 a 70% destas, a bovinocultura leiteira passou de atividade secundária para principal nos últimos anos. A produção da Holandesa concentra-se mais na região oeste de Santa Catarina. Os animais da raça podem produzir até 10 mil kg em 305 dias, conforme levantamento realizado na América do Norte.

Na competição de animais jovens da raça Holandesa integraram as categorias: bezerra mirim; bezerra menor; bezerra júnior; bezerra intermediária; bezerra sênior; novilha menor; novilha júnior e novilha intermediária. O jurado oficial da Associação de Criadores de Gado Holandês do Uruguai, Martin Artucio, avaliou os animais na busca de características voltadas a promover maior funcionalidade, longevidade e saúde futura. “Em geral, todos os animais apresentaram muita qualidade”, complementou.

CAMPEÃS JOVENS

A grande campeã fêmea jovem foi “599 Dodge”, de 14 meses, da Granja Luski, de Chapecó, de propriedade de Luciano e Fernando Sarvasinski. A propriedade possui 66 hectares, com 100 animais da raça Holandesa e tem como atividade principal a bovinocultura leiteira.

A premiação resulta da dedicação de mais de 30 anos voltados à atividade. “Isso também nos traz mais responsabilidade, pois é uma atividade diária de cuidado com os animais, e essa e a primeira exposição em que a novilha participa e já é premiada. Futuramente vamos explorá-la com transferência de embriões para expandir a genética”, antecipou.

A reservada campeã foi a “Ypoti Sid Ivi”, de 12 meses, da Cabanha Ypoti, de Chapecó, de propriedade de Adriano Rigon e Cristina Aiolfi. A propriedade possui 26 hectares, 45 vacas em lactação que produzem 1.500 litros de leite por dia e 35 animais jovens.

Rigon é engenheiro civil e tem como segundo negócio a bovinocultura leiteira. “Tratamos o negócio com muito carinho e optamos pela atividade, pois na região o agronegócio é força motriz”, explicou. A gestão da propriedade é feita pelo casal e as atividades são executadas por cinco funcionários.

A premiação auxiliará no melhoramento genético dos animais, mais eficiência da adaptação da raça e ampliação na vida produtiva. Adriano explicou que a participação no julgamento permite comparar com os demais animais para verificar se efetivamente o empreendimento rural está no caminho certo para atingir os objetivos. “Esta novilha se tornou a base comercial do rebanho, pois é uma referência”, argumentou.

Adriano Rigon e Cristina Aiolfi também foram premiados como: “Melhor criador”, “Melhor expositor” e “Melhor afixo” (Cabanha/Granja).

CAMPEÃS EM LACTAÇÃO

Na competição dos animais em lactação foram 17 categorias: bezerra mirim; bezerra menor; bezerra júnior; bezerra intermediária; bezerra sênior; novilha menor; novilha júnior; novilha sênior; um ano de parida; dois anos júnior; dois anos sênior; três anos júnior; três anos sênior; quatro anos; três anos; adulta e vitalícia.

A grande campeã jovem em lactação foi a “Ypoti Reginald Desiré 400”, de dois anos, que produz 50 litros/leite/dia, da Cabanha Ypoti, de Chapecó, de propriedade de Adriano Rigon e Cristina Aiolfi.

A reservada campeã jovem em lactação foi a “Golden Chipe 69”, da categoria de 2 anos Júnior, que produz 40 litros/leite/dia, da Granja Mezzalira, do município de Guarujá do Sul, de propriedade de Roni Mezzalira. O animal já foi campeã vaca jovem e reservada vaca jovem em outros campeonatos.

A Granja Mezzalira tem 50 hectares e possui como atividade principal a bovinocultura leiteira com 75 animais da raça Holandesa. Mezzalira trabalha na atividade há oito anos e é a primeira vez que veio a Chapecó. “Foi muito bom participar do julgamento e competir com expositores que tem mais de 50 anos de experiência. Mostrei animais competitivos e com qualidade genética, por isso foi muito gratificante”, explicou.

A grande campeã da raça Holandesa em lactação foi “Ypoti Pretinha 100 Morrie”, de 7 anos, que produz 62 litros/leite/dia, da Cabanha Ypoti, de Chapecó, de propriedade de Adriano Rigon e Cristina Aiolfi.

A reservada grande campeã da raça Holandesa em lactação foi a “Coser Karina”, que produz 50 litros/leite por dia, da Granja Coser, de Xaxim, de propriedade de Darci Coser.

A Granja Coser conta com 28 hectares, tendo como principal atividade a bovinocultura leiteira e possui 110 animais das raças Holandesa e Jersey. “Trabalhamos no segmento desde 1997 e a premiação representa uma recompensa do trabalho realizado”, complementou.

Coser participa de exposições e julgamentos há 12 anos e em 2014 conquistou o título de melhor criador do Estado. “Isso é resultado da dedicação da família inteira, melhoramento genético, sanidade animal e zelo pelos animais”.

SUPREMAS

A campeã fêmea do futuro foi a novilha Jersey “Anamara On Time da Diamantina”, de 17 meses, da Cabanha Diamantina, do município de Irani, de propriedade de Moacir Sopelsa e Victor Sopelsa. Conforme os jurados, o animal foi escolhido por ter a melhor harmonia na união de suas partes, mais profundidade das costelas (que representa capacidade digestiva) e muita qualidade leiteira.

A campeã suprema foi a vaca Jersey “On time Julian 223 da Diamantina”, que produz 38 litros/leite/dia, da Cabanha Diamantina, do município de Irani, de propriedade de Moacir Sopelsa e Victor Sopelsa. Conforme os jurados, ela foi selecionada em função da força leiteira e o detalhe principal foi a inserção do úbere anterior próximo ao corpo.

EXPOESTE

A EXPOESTE 2015 foi uma organização da Latina Feiras, Agência T12, Batistello Produções e Eventos, Inteleco, Sul Eventos, Vale do Sol, BS Audio, Inviolável, MB Comunicação e uma promoção da ACCB, Faesc, Núcleo de Criadores de Bovinos de Chapecó e Sebrae/SC. Contou com o apoio da JCI Chapecó, Núcleo de Criadores de Cavalo Crioulo do Oeste Catarinense, Rotary, Verde Vida, SAC, Sincravesc, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Secretaria de Agricultura, Prefeitura de Chapecó, UFFS, Secretaria do Estado da Agricultura e da Pesca, do Governo do Estado de Santa Catarina, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Governo Federal, UCEFF, Udesc, Unochapecó e Unoesc. Patrocínio da Cooperativa Central Aurora Alimentos, Brahma e Chapecó Aqui Tudo Acontece.



Data da Notícia: 13/10/2015
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