“O retorno da China foi um presente antecipado de Natal”

Globo Rural

“Foi um presente de Natal antecipado.” Assim, Antonio Jorge Camardelli, executivo da Abiec, que representa as indústrias exportadoras de carne, comemora a conquista do suculento mercado chinês em meados deste ano. “A China é um mercado para todas as carnes. Vai de cortes nobres, como o filé, aos produtos para ingredientes”, afirma Camardelli, que se reuniu com a imprensa hoje em São Paulo.

E já já o efeito da volta da China vai aparecer. O executivo adianta que, em 2016, o gigante asiático deve comprar 25 mil toneladas de carne ao mês, o que se traduzirá num faturamento de US$ 1 bilhão no próximo ano. E de junho até outubro agora, 81,3 mil toneladas rumaram para a China e a receita foi de US$ 401,2 milhões.

Assim, a Abiec prevê um faturamento de US$ 7,5 bilhões em 2016, cifra que pode superar a de 2014, que foi recorde – US$ 7,2 bilhões.

Neste ano de 2015, houve recuo de vendas. O ano deve fechar com US$ 6 bilhões. Entre outros motivos negativos, está a diminuição das compras pela Rússia. Houve muita confusão política na Rússia.

Camardelli cita ainda outros mercados reabertos neste ano para a carne brasileira: Árabia Saudita, Iraque, África do Sul. “E, finalmente, o Japão, que voltou a importar e fechou com chave de ouro 2015.”

Camardelli afirma que outros mercados continuarão sendo procurados, a exemplo de Taiwan, Indonésia e Tailândia. “Além disso, pretendemos avançar nas negociações para exportação de carne in natura para o Japão e miudos e carne com osso para a China – atualmente, o gigante asiático só importa carne sem osso do Brasil.”

A Abiec possui 32 empresas associadas. Ela está se abrindo também para o setor de gelatinas e de tripas. “A ideia é agregar. Falta só a indústria de couro”, afirma Camardelli.



Data da Notícia: 11/12/2015
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