Feed & Food
No prato do brasileiro em geral não pode faltar um item: a boa e tradicional carne. Seja bovina, suína ou de ave, a “mistura” nas refeições de milhares de famílias brasileiras não pode passar despercebida, e o destaque da mesa traz uma série de benefícios ao corpo humano – benefícios estes que não são facilmente substituíveis.
Tontura, dificuldade de concentração, sonolência excessiva e imunidade baixa. A ausência deste item na alimentação humana é fatídica para o surgimento de efeitos desagradáveis ao corpo. Neste dia mundial da saúde, celebrado em 7 de abril, o portal feed&food levanta a dúvida: o que aconteceria com o seu corpo se você deixasse de comer carne?
Para entender as consequências, é preciso antes elencar as funções de cada benefício nutricional que a carne propicia. Segundo a nutricionista Tais Pereira, as principais são a proteína, o ferro e a vitamina B12. A proteína é responsável pela reconstrução: faz o cabelo crescer, age na cicatrização dos machucados, atua no sistema imunológico, alimenta a parte muscular do corpo, responsável pelo andar, falar etc. O ferro é essencial para a produção dos glóbulos vermelhos, que quando em níveis baixos, comprometem toda a cascata de produção das hemácias. Dentro dos glóbulos vermelhos também existe uma proteína chamada hemoglobina, responsável pelo transporte do oxigênio da respiração até todas as células do corpo humano. Já a vitamina B12 ajuda a manter a saúde dos nervos, cérebro e é responsável pela criação das células vermelhas do sangue (esta última só é encontrada na natureza em itens de origem animal).
“Se você não ingere proteína, existe a possibilidade da substituição, mas não de forma tão completa como a carne. É possível substituir, mas com qualidade proteica menor. Os vegetarianos, por exemplo, precisam de suplementação de complexo B, de proteína e de ferro, este último principalmente em mulheres, por causa da menstruação”, explica a nutricionista. Com relação à proteína, Tais aponta o leite e seus derivados como os itens que mais se aproximam da carne. Com relação a micronutrientes, como o ferro e a vitamina B12, segundo a especialista, não há alimento equivalente na quantidade e qualidade.
No dia a dia a ausência da carne acarreta, primeiro, em perda de força muscular acompanhada de anemia, cansaço excessivo, fraqueza e sonolência. Após, a insuficiência do complexo B proporcionará dificuldade de concentração e formigamento dos membros. A imunidade também será afetada, favorecendo a instalação de doenças no organismo. “O maior comprometimento é na parte muscular e de equilíbrio, principalmente em adultos, já que conforme a pessoa cresce existe a perda natural de músculos. Além disso, caso não seja tratada corretamente, a anemia pode levar ao óbito”, salienta Pereira.
No entanto, não basta comer qualquer carne, é preciso consumir cortes magros. Para isso, Tais indica o patinho e lagarto no campo dos bovinos, e a sardinha, um peixe barato e sadio. “O lombo suíno é mais saudável do que uma sobrecoxa de frango assada, por exemplo, por ter menos gordura”, revela. A carne suína, na contramão dos boatos que ainda são presentes no cotidiano, é recomendada. “Antigamente eles eram criados com lavagem, em ambientes sujos, mas hoje o animal é abatido como qualquer outro, seguindo um padrão de qualidade e com monitoramento do Ministério da Agricultura”, completa. Quando adquirido de grandes fornecedores, segundo a nutricionista, o risco de adquirir alguma doença por meio desta carne é quase nulo.
O preparo também deve receber atenção redobrada. O indicado pela nutricionista é optar por assados, cozidos ou grelhados, além de evitar a adição de molhos calóricos, queijos amarelos, imersão no óleo e acentuadores de sabor, como caldo de carne industrializado. “Não é o alimento que é o vilão, é o modo de preparo”, finaliza Tais Pereira.
Portanto, na próxima ida ao açougue, lembre-se dos benefícios deste alimento e capriche na próxima refeição. As vantagens serão inúmeras, e o seu corpo, agradece.