AviSite
Os 2,60% de aumento registrados na exportação de carne de frango do primeiro semestre de 2015 foram assegurados apenas pelos cortes, cujo volume no semestre aumentou quase 13% em relação ao mesmo período de 2014.
Em contrapartida, os cortes foram, entre os quatro itens exportados, os que mais cederam nos preços: redução de 14,57% no preço médio. Ainda assim continuam, isolados, como principal contribuinte da receita cambial da carne de frango.
Aliás, também em termos de volume os cortes vêm sendo o carro-chefe nas exportações do setor. No semestre, responderam por, praticamente, 60% do total exportado e chegaram a uma quantidade 85% maior que a do frango inteiro.
Por sua vez o frango inteiro – durante décadas único produto exportado pela avicultura brasileira – fechou a primeira metade de 2015 com uma participação ainda menor que a de idêntico período de 2014. Respondeu por 37,2% do total no ano passado e, agora, ficou com a participação reduzida a menos de um terço do total (32,35%).
Industrializados de frango e carne salgada mantiveram, com ligeira variação para baixo, a participação tradicional. Mais exatamente, responderam por 7,96% do total no semestre.
Em termos de preço recebido – naturalmente deprimido na medida em que o dólar experimentou forte valorização – o menor recuo ficou com o frango inteiro que, por sinal, foi quem enfrentou a maior queda de volume. Tem lógica, pois, em sentido oposto, desvalorizou-se mais justamente o único item que apresentou incremento de volume – os cortes de frango.
Sinal de um mercado externo também em recessão econômica, o que, igualmente, levou os industrializados e a carne salgada a apresentarem queda de preço próxima de 11%.
O corolário disso tudo foi uma receita cambial 9,14% menor que a do primeiro semestre de 2014. Um resultado que poderia ter sido pior não fossem, primeiro, o aumento no volume de cortes e, segundo, o bom desempenho alcançado em junho. Foi, aliás, o que assegurou que o principal item exportado encerrasse o período com uma queda de receita de apenas 3,76%.