Diário Catarinense
Lideranças de Santa Catarina e do país, especialmente políticas, ficaram muito otimistas com o anúncio, anteontem, da abertura do mercado da Coreia do Sul para a carne suína do Estado. Mas se considerarmos o quanto é difícil exportar para estes países do primeiro mundo, não teríamos motivos para soltar foguetes, nem para planejar visita oficial ao outro lado do mundo para marcar essa conquista mercadológica. Vale ver os exemplos anteriores.
Livre de aftosa sem vacinação, o Estado conseguiu autorização para exportar o produto aos Estados Unidos no final de 2010, mas o primeiro embarque foi realizado pela Coopercentral Aurora Alimentos apenas em novembro de 2014. A companhia continua sendo a única a vender aos norte-americanos, observa o presidente da Aurora, Mario Lanznaster. Em meados de 2013, foi oficializada a conquista do mercado japonês por SC, com viagem oficial do governador ao país. Vale lembrar que foi a realização de um sonho por ser o maior importador do mundo, com 1,2 milhão de toneladas por ano. Mas como os japoneses preferem carne in natura, a disputa ficou restrita à quantia de 500 mil toneladas por ano. Dois anos depois, as exportações à Terra do Sol Nascente se restringem à ínfima quantidade de 5 contêineres por mês, dos quais dois são fornecidos pela Aurora. Lanznaster é cauteloso sobre a decisão sul-coreana após 10 anos de tentativas. É um fato positivo, mas está longe de significar a salvação da suinocultura catarinense avaliou o empresário.
SUPERINTENDENTE FEDERAL DE AGRICULTURA EM SANTA CATARINA, JACIR MASSI AFIRMA QUE A ABERTURA DO MERCADO DA COREIA DO SUL À CARNE SUÍNA DE SC OCORREU APÓS UMA SÉRIE DE PROCEDIMENTOS E VISITAS TÉCNICAS. MAS ANTES DO INÍCIO DOS NEGÓCIOS SERÁ NECESSÁRIA A APRESENTAÇÃO DE REQUISITOS SANITÁRIOS EXIGIDOS PELAS AUTORIDADES DO PAÍS ASIÁTICO E A ELABORAÇÃO DO CERTIFICADO INTERNACIONALE A HABILITAÇÃO DAS PLANTAS.