Na Rússia, indústria do frango quer o fim da criação doméstica de aves
Poultry World
A Rosptitsesoyuz, entidade representativa da indústria do frango na Rússia, está solicitando ao governo que proíba a produção doméstica de aves (no campo ou em fundo de quintais), pois teme que a prática acelere a propagação da gripe aviária no país. A petição é uma resposta a lei (de julho de 2022) que deu ampla liberdade às pequenas criações como forma de conter o aumento de preço dos alimentos.
Na maioria dos casos, as criações domésticas rurais são operações familiares autorizadas a produzir apenas para consumo pessoal. Até recentemente, aquelas que pretendiam obter permissão para vender a terceiros precisavam se registrar como granjas comerciais individuais, estando sujeitas, também, ao controle veterinário oficial. Acredita-se existirem milhões de pequenas criações na Rússia, especialmente nas áreas rurais.
Para a Rosptitsesoyuz – que representa cerca de 250 empresas avícolas russas, incluindo as maiores explorações avícolas do país – a liberação da criação representa um risco para a indústria do frango, pois pode facilitar a disseminação do vírus da Influenza Aviária e levar a uma queda na produção. Cita, a propósito, que dos 53 surtos de gripe aviária registrados em 2021, 46 deles ocorreram em pequenas criações ou em criatórios domésticos – conforme o órgão veterinário oficial da Rússia, Rosselhoznadzor.
Em entrevista ao jornal russo Kommersant, o diretor executivo da Associação Nacional de Produtores de Peru, Anatoly Velmatov, observou que, fisicamente, é impossível os médicos veterinários chegarem a todas as pequenas criações do país para avaliar o cumprimento da legislação sanitária.
Por seu turno, a Cherkizovo (Moscou), maior produtora de carne da Rússia, ressalta que embora o setor invista pesadamente em biossegurança, a proteção esperada não será alcançada se o vírus atingir pequenas criações mantidas ao redor das granjas industriais.
A propósito, Velmatov – lembrando que, na tentativa de minimizar os riscos, várias empresas adquirem anualmente todas as aves criadas próximas de suas instalações – teme que a liberação da criação aumente ainda mais os custos do setor, “pois criadores sem escrúpulos podem comprar aves e coloca-las próximas aos complexos industriais para vendê-las acima dos preços de mercado”.
Mas o maior temor do setor recai sobre a ocorrência de focos próximos a essas instalações. Pois, uma vez detectada a presença do vírus em uma criação – doméstica ou industrial – todas as granjas localizadas num raio de 5 quilômetros são obrigadas a suspender suas operações.
A Rosptitsesoyuz, entidade representativa da indústria do frango na Rússia, está solicitando ao governo que proíba a produção doméstica de aves (no campo ou em fundo de quintais), pois teme que a prática acelere a propagação da gripe aviária no país. A petição é uma resposta a lei (de julho de 2022) que deu ampla liberdade às pequenas criações como forma de conter o aumento de preço dos alimentos.
Na maioria dos casos, as criações domésticas rurais são operações familiares autorizadas a produzir apenas para consumo pessoal. Até recentemente, aquelas que pretendiam obter permissão para vender a terceiros precisavam se registrar como granjas comerciais individuais, estando sujeitas, também, ao controle veterinário oficial. Acredita-se existirem milhões de pequenas criações na Rússia, especialmente nas áreas rurais.
Para a Rosptitsesoyuz – que representa cerca de 250 empresas avícolas russas, incluindo as maiores explorações avícolas do país – a liberação da criação representa um risco para a indústria do frango, pois pode facilitar a disseminação do vírus da Influenza Aviária e levar a uma queda na produção. Cita, a propósito, que dos 53 surtos de gripe aviária registrados em 2021, 46 deles ocorreram em pequenas criações ou em criatórios domésticos – conforme o órgão veterinário oficial da Rússia, Rosselhoznadzor.
Em entrevista ao jornal russo Kommersant, o diretor executivo da Associação Nacional de Produtores de Peru, Anatoly Velmatov, observou que, fisicamente, é impossível os médicos veterinários chegarem a todas as pequenas criações do país para avaliar o cumprimento da legislação sanitária.
Por seu turno, a Cherkizovo (Moscou), maior produtora de carne da Rússia, ressalta que embora o setor invista pesadamente em biossegurança, a proteção esperada não será alcançada se o vírus atingir pequenas criações mantidas ao redor das granjas industriais.
A propósito, Velmatov – lembrando que, na tentativa de minimizar os riscos, várias empresas adquirem anualmente todas as aves criadas próximas de suas instalações – teme que a liberação da criação aumente ainda mais os custos do setor, “pois criadores sem escrúpulos podem comprar aves e coloca-las próximas aos complexos industriais para vendê-las acima dos preços de mercado”.
Mas o maior temor do setor recai sobre a ocorrência de focos próximos a essas instalações. Pois, uma vez detectada a presença do vírus em uma criação – doméstica ou industrial – todas as granjas localizadas num raio de 5 quilômetros são obrigadas a suspender suas operações.