Na comparação com 2019, frango vivo vem tendo desempenho inferior ao do boi e suíno

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Em 2020, boi e suíno vivos iniciaram o ano já à frente do frango: obtiveram em janeiro preços pelo menos 20% superiores à média do ano anterior, enquanto o frango abriu o exercício com uma remuneração (R$3,18/kg) equivalente a 97,5% da média registrada em 2019 (R$3,26/kg).

Com a Covid-19, os preços do frango vivo sofreram significativa queda. Mas os do suíno se retraíram muitíssimo mais. E só o preço do boi – que pode ficar estocado no pasto – manteve-se em relativa estabilidade.

Mas como acontece tradicionalmente, a reversão começou a ocorrer em meados do ano, isto é, ao final do período de safra da carne. Desta vez, porém, deflagrada por novos fatores, não apenas pela chegada da entressafra. Fatores como a redução do isolamento social, a retomada das atividades econômicas e, no campo das vendas externas, a forte demanda da China pelas três carnes.

No caso específico do frango pesou também na recuperação a redução de produção observada ainda no primeiro semestre, quando a queda de consumo e o alto custo tornaram inviável a manutenção dos níveis normais de produção. Mas como o mercado, como um todo (isto é, interno e externo) permaneceu abastecido, os preços do frango não obtiveram a mesma revitalização observada com boi e suíno.

O resultado é que, até aqui, o preço médio frango vivo, mesmo atingindo patamares recordes, apresenta valorização de 20% sobre a média de 2019, índice bem aquém dos registrados por boi e, principalmente, pelo suíno.

Simplificando, o boi em pé tende a encerrar setembro corrente com um preço médio cerca de 50% superior à média alcançada no decorrer de 2019, enquanto o suíno deve valorizar-se mais de 65%.



Data da Notícia: 24/09/2020
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