Na carne de frango cai a relação entre produção total e disponibilidade interna

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A análise da evolução da produção e das exportações de carne de frango dos últimos quatro anos (48 meses decorridos entre setembro de 2011 e agosto de 2015) sugere que a relação entre produção total e disponibilidade interna atingiu seus menores níveis exatamente no final do período analisado.

Trata-se de uma projeção, pois, como não estão disponíveis dados oficiais sobre a produção mensal de carne de frango, adotou-se como referência o potencial de produção divulgado pela APINCO. Além disso, para minimizar as fortes variações mensais, o resultado apontado parte de uma média trimestral móvel.

Nessa comparação, o segundo menor valor anterior registrado nos últimos quatro anos ocorreu em maio de 2012, quando o volume de carne de frango destinado ao mercado interno correspondeu a 65,3% da produção total. Ou, vice-versa, as exportações absorveram 34,7% do que foi produzido.

Naquela ocasião, a produção (pela média trimestral) superou ligeiramente 1,027 milhão de toneladas, enquanto as exportações mensais se situaram em 356,5 mil toneladas. Portanto, o abastecimento aparente do mercado interno ficou em torno das 671 mil toneladas.

Já em agosto passado produção e exportação registradas (também pela média trimestral) foram de, respectiva e aproximadamente, 1,138 milhões de toneladas e 402 mil toneladas, isto significando disponibilidade interna de pouco mais de 736 mil toneladas. Assim, o disponível interno ficou abaixo dos 65%.

Os aumentos observados entre os dois períodos citados foram de (cerca de) 11% na produção, 13% nas exportações e de 10% na disponibilidade interna. Por sua vez, o índice registrado em agosto, inferior a 65%, ficou apenas quatro pontos percentuais aquém da média de 69% registrada nos 48 meses.