Movimento do final de mês ocasiona retrocesso no preço do ovo

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No sábado, 24, o ovo perdeu parte do ganho que obteve no decorrer de agosto, voltando a ser comercializado pelo mesmo valor alcançado por volta do segundo domingo do mês.

A queda pode ser considerada normal, pois decorrente do menor movimento do mercado consumidor nesta época do mês.

De toda forma, vem sendo agravada pelo aumento da oferta do produto, ocorrência que, por sua vez, também é absolutamente normal e está ligada à estação do ano (aumento da luminosidade diária com a aproximação da Primavera e, com ela, significativa expansão na produção de ovos).

Sob esse aspecto, porém, o simples fato de a redução de preços ocorrer a poucos dias do encerramento do mês indica que a situação de abastecimento atual difere, por exemplo, da observada um ano atrás quando, a despeito dos custos crescentes e sensivelmente maiores que os atuais, o ovo, mal encerrada a primeira quinzena, sofreu descenso contínuo de preços, perdendo cerca de 11% de seu valor em menos de duas semanas.

Em outras palavras, embora crescente no momento, a oferta atual é com certeza, inferior à registrada em agosto de 2012. Tanto que, a despeito do custo visivelmente menor, o produto registra (mesmo após a última desvalorização) ganho de 21,5% em relação ao preço que vigorou há um ano, na mesma data, enquanto o preço médio do mês se encontra 16,22% acima do registrado no oitavo mês do ano passado.

Isso, porém, não significa que o setor deva se descuidar da manutenção do equilíbrio do mercado. A aproximação, agora, de um novo mês deve implicar em mudanças e em nova estabilização do mercado. Mas se isso não for suficiente para assegurar a salvaguarda dos preços, recorrer ao imediato descarte de poedeiras mais velhas é medida em relação à qual não deve haver qualquer hesitação.