Neste início de outubro, o mercado de preços do animal vivo tem
apresentado variações significativas, com as diferentes regiões do
Brasil registrando oscilações em resposta às condições locais de oferta e
demanda. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada (Cepea), os preços do animal vivo tiveram um desempenho
distinto.
Região Sudeste eegistra alta nos preços
Na região Sudeste, as negociações ganharam tração, resultando em um
cenário de alta nos valores do animal vivo. Este aumento foi motivado
por uma demanda mais aquecida na região, refletindo positivamente nos
preços do gado.
Por outro lado, na região Sul, os preços do animal vivo caíram em
algumas praças. Essa queda nos valores é atribuída à oferta local, que
influenciou negativamente o mercado. A disponibilidade de animais para
abate em determinadas áreas contribuiu para a pressão de baixa nos
preços.
A situação para os suinocultores do estado de São Paulo revelou um
cenário mais favorável, com o poder de compra desses produtores em alta
durante o mês de setembro em comparação com agosto. Esse aumento
representa o segundo mês consecutivo de avanço no poder de compra dos
suinocultores paulistas.
Os pesquisadores do Cepea explicam que essa melhoria no poder de
compra foi possível devido ao aumento nos preços médios de
comercialização do animal vivo. Esse movimento de alta superou o aumento
dos preços do milho, que é um dos principais insumos da atividade, e a
desvalorização do farelo de soja, outro insumo relevante na
suinocultura.
Em resumo, as oscilações nos preços do animal vivo durante a primeira
quinzena de outubro refletem as diferentes condições de oferta e
demanda em regiões específicas do país. Enquanto o Sudeste registrou
alta devido a uma demanda mais aquecida, o Sul viu quedas de preços em
algumas áreas devido à oferta. No estado de São Paulo, os suinocultores
desfrutaram de um aumento no poder de compra, proporcionado pelo aumento
nos preços do animal vivo em relação aos principais insumos da
atividade.