Milho tem dia de estabilidade no BR e deve manter firmeza no curto prazo

Notícias Agrícolas

A quarta-feira (14) foi de estabilidade aos preços do milho praticados no mercado doméstico. De acordo com levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apenas a praça de Assis (SP) apresentou leve alta, de 1,64%, com a saca do cereal a R$ 30,28. No Porto de Paranaguá, a cotação foi mantida, com a saca a R$ 36,00.

Segundo boletim reportado pela Scot Consultoria, as cotações voltaram a demonstrar firmeza ao longo do mês de dezembro. E a perspectiva é que o cenário se mantenha até a colheita da safra de verão. Por enquanto, os vendedores estão mais resistentes aos preços em patamares mais baixos. A consultoria ainda ressalta que, a projeção é que haja uma retomada da demanda nos primeiros meses de 2017.

"A expectativa é de mercado firme em curto prazo, e não estão descartadas altas. Porém, o baixo volume de negócios, a exportação devagar, e a expectativa de aumento da produção são fatores limitantes para esses aumentos", destacou a consultoria em nota.

Até o momento, a safra de verão apresenta bom desenvolvimento e, algumas projeções já indicam uma produção acima de 30 milhões de toneladas do cereal nesta temporada. Para a safrinha, a estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) projeta a produção em 56,07 milhões de toneladas do cereal.

"Diante de uma safra cheia (primeira e segunda safras), os preços poderão cair em meados do primeiro semestre, com a pressão de baixa ganhando força no final do primeiro semestre", divulgou a consultoria.

BM&F Bovespa

Enquanto isso, na BM&F Bovespa, as cotações do cereal tiveram um dia de leves movimentações. As principais posições do cereal encerraram o pregão desta quarta-feira (14) em terreno misto. O janeiro/17 subiu 1,16%, com a saca a R$ 39,30 a saca. O março/17 era cotado a R$ 37,54 a saca, com perda de 0,13%. Já o maio/17 fechou a sessão a R$ 36,70 a saca.

O mercado reagiu frente às ligeiras oscilações do dólar e também na Bolsa de Chicago. O câmbio fechou o dia a R$ 3,3332 na venda, com alta de 0,22%. Segundo a Reuters, o movimento é decorrente das expectativas para a reunião do Federal Reserve, banco central americano, realizada na tarde de hoje.

O banco elevou a taxa de juros do país em 0,25% e sinalizou um ritmo mais rápido de altas no próximo ano. "Isso à medida que a administração de Donald Trump assume com promessas de impulsionar o crescimento por meio de cortes de impostos, gastos e desregulação", ainda conforme dados da agência.

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), as principais posições do milho encerraram o dia com leves altas. Os vencimentos da commodity finalizaram o pregão desta quarta-feira (14) com ganhos entre 0,75 e 1,00 pontos. O março/17 era cotado a US$ 3,62 por bushel, já o maio/17 encerrou a sessão a US$ 3,68 por bushel. O julho/17 era cotado a US$ 3,75 por bushel.

Conforme dados reportados pela Granoeste Corretora de Cereais, o mercado exibiu leves oscilações ao longo do dia, uma vez que os investidores ainda aguardavam o resultado da reunião do Fed sobre a taxa de juros nos EUA. A consultoria ainda destaca que a baixa registrada no petróleo também ajudou na composição do cenário. O barril era cotado a US$ 51,02, com queda de mais de 3%.

No final da tarde, o mercado voltou a registrar leves altas com o impulso de compras técnicas, ainda de acordo com dados da corretora. O clima e o andamento da safra na América do Sul ainda continuam no radar dos participantes do mercado.



Data da Notícia: 15/12/2016
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