Mercado suíno reage em maio e traz certo alívio ao produtor

Safras $ Mercado

...de acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a alta nas cotações é fruto de um mercado interno aquecido, somado ao bom ritmo das exportações ao longo das últimas semanas.

Parte dos aumentos dos preços também ocorreu pelo repasse dos custos de produção. O levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do suíno vivo no Centro-Sul avançou 14,49% no mês de maio, passando de R$ 2,86 para R$ 3,28. No atacado, a média de preços dos cortes de pernil com osso atingiu R$ 6,80, 2,9% acima dos R$ 6,61 registrados no final de abril. A média de preços do quilo da carcaça ficou em R$ 5,70, avançando 12,3% em relação ao valor médio praticado em abril, de R$ 5,08.

Maia salienta que novos reajustes são essenciais para amenizar os custos e trazer rentabilidade para a atividade. “Apesar do forte movimento de alta registrado ao longo do mês, suinocultores trabalham ainda com margens apertadas e, em muitos casos, negativas”, afirma.3

Para o curto prazo, o consumo tende a ser favorecido, considerando a entrada da massa salarial e o clima mais frio registrado principalmente no Centro-Sul do país. “Novos reajustes podem ocorrer tanto para o quilo vivo como para os principais cortes no curto prazo”, projeta.

O analista destaca que os embarques de carne suína in natura foram positivos em maio. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações totalizaram 55,2 mil toneladas, volume 36% superior em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Em receita cambial, houve crescimento de 8% no resultado de maio em comparação com o ano anterior, chegando a US$ 113,5 milhões. Já entre janeiro e maio, a alta chegou a 62%, com 247,8 mil toneladas de carne suína in natura embarcadas. No total do ano, o saldo chegou a US$ 460,6 milhões, número 19% superior ao obtido nos cinco primeiros meses de 2015.

A análise de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo foi cotada a R$ 72,00, alta de R$ 16,00 frente ao valor praticado no final de abril, de R$ 56,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo subiu de R$ 2,75 para R$ 2,85, enquanto no interior a cotação avançou de R$ 2,91 para R$ 3,26. Em Santa Catarina o preço do quilo avançou de R$ 2,70 para R$ 2,93 na integração. No interior, a cotação avançou de R$ 2,85 para R$ 3,22. No Paraná o quilo vivo subiu de R$ 2,85 para R$ 3,20 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo avançou de R$ 2,80 para R$ 3,03.

No Mato Grosso do Sul a cotação passou de R$ 2,70 para R$ 2,95 na integração, enquanto em Campo Grande o preço avançou de R$ 3,20 para R$ 3,45. Em Goiânia, o preço teve elevação de R$ 3,05 para R$ 3,70. No interior de Minas Gerais o quilo aumentou de R$ 3,15 para R$ 3,85. No mercado independente mineiro a cotação passou de R$ 2,95 para R$ 3,60. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis subiu de R$ 2,71 para R$ 3,05. Já na integração do estado a cotação subiu de R$ 2,63 para R$ 2,80.