Mercado não permite alojamento exagerado de matrizes de corte

Avisite

Se o alojamento de matrizes de corte de 2014 chegar aos 53,6 milhões de cabeças – hipótese que o AviSite levanta na matéria “Matrizes de corte: alojamento de 2014 caminha para novo recorde”, hoje publicada – o crescimento médio desses alojamentos nos últimos 14 anos (ou seja, de 2001 para cá) ficará muito próximo (mas ligeiramente abaixo) dos 5% ao ano.

À primeira vista, não chega a ser uma expansão excessiva, pois, entre 2005 e 2011, o incremento anual superou essa média sem que houvesse excesso de produção durante todo esse período (os excedentes ficaram restritos a alguns anos).

O problema é que, com a crise mundial de 2008, a demanda passou a evoluir bem aquém desse índice. No quinquênio decorrido desde então, o incremento médio das exportações brasileiras de carne de frango não chegou a 1,5% ao ano. E a disponibilidade interna se expandiu a um índice inferior a 3% ao ano, mesmo assim sem propiciar retorno adequado ao setor produtivo.

Uma hipótese que não pode ser descartada neste instante é a de que o elevado alojamento ocorrido em janeiro seja decorrente da necessidade de reposição de matrizes descartadas precocemente devido a problemas econômicos (produção a custos onerosos) ou, mesmo, por questões de ordem sanitária.

Se isso for verdade, a “extrapolação” observada em janeiro é justificável. E deve ser temporária. Ainda assim, o setor deve estar atento ao evoluir dos números. Mesmo que seja preciso caçá-los em diferentes fontes. Ignorar esse quesito é “buscar sarna pra se coçar”. E essa “sarna” deixa sequelas que nem o tempo apaga.

matrizes



Data da Notícia: 10/04/2014
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