Mercado instável dificulta recuperação da suinocultura

Blçog do Coser

O mês de agosto está terminando como um dos mais instáveis para o preço do suíno vivo no mercado independente. A bolsa de referência do estado de São Paulo começou o mês com o preço mínimo do quilo do animal vivo cotado a R$ 3,89 no dia 01/08. No dia 08/08 a cotação mínima foi a R$ 4,53 e em nova alta chegou a R$ 4,69 no dia 15/08 para então recuar para R$ 4,53 dia 22/08 e voltar a cair nesta segunda-feira (29/08) quando o preço mínimo de referência ficou em R$ 4,10. Em Minas Gerais não foi muito diferente. Na primeira semana de agosto houve acordo entre produtores e frigoríficos com o quilo vivo comercializado a R$ 4,10, na semana seguinte não houve acordo, e no dia 15/08 o preço novamente foi consenso entre as partes, fixado em R$ 4,70 o quilo vivo. No dia 22/08 novamente não foi possível acordo entre as partes e nesta última semana do mês a bolsa fechou acordada em R$ 4,20.

O aquecimento do mercado nas primeiras semanas de agosto deu-se exclusivamente pelo excelente desempenho das exportações, que chagaram a quase 20 mil toneladas na primeira semana do mês, com média diária de 3,9 mil toneladas diárias, bem acima da média de 2,7 mil toneladas por dia nos meses anteriores e também nas outras semanas de agosto. Com a economia brasileira ainda sem maiores sinais de recuperação, as vendas no mercado doméstico continuam em ritmo bastante lento, não segurando a escalada dos preços. Muitos produtores viram na reação de mercado do início do mês a chance de começar a recuperar as perdas do primeiro semestre, quando o custo de produção atingiu sua máxima devido às cotações do milho. As fortes oscilações do mercado trazem novamente incertezas para grande parte dos suinocultores brasileiros.