Mercado do vivo busca recuperação de preços e registra alta em SP e RS

Notícias Agrícolas

O mercado de suíno vivo registrou altas nesta segunda-feira (19), na busca pela recuperação de preços após as quedas do final de agosto. Novamente, São Paulo e Rio Grande do Sul sinalizaram aumento nas referências para a semana, interrompendo as baixas que vinham sendo registradas nas regiões. Em Santa Catarina, o cenário é de estabilidade em R$ 3,80/kg, após o recuo da semana anterior.

Na praça paulista, a bolsa de suínos definiu negócios entre R$ 77 a R$ 79/@ – equivalente a R$ 4,10 e R$ 4,21/kg. No decorrer da última semana, a APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos) chegou a registrar vendas acima do valor de referência em algumas regiões do estado, o que levou a leve recuperação na atual cotação.

A Scot Consultoria explica que em São Paulo os produtores optaram pela estratégia de segurar vendas para readequação de preços, visto que no lado da demanda não houve grandes mudanças. Por outro lado, com este ganho e o recuo das cotações de milho foi registrada melhora na relação de troca no estado.

“Atualmente, em Campinas (SP) é possível comprar 6,08 quilos de milho com um quilo de suíno, melhora de 6,3% em relação à semana passada”, aponta a consultoria.

Já no Rio Grande do Sul, a média estadual subiu apenas R$ 0,02, mas ainda sinalizando recuperação. Segundo a pesquisa semanal realizada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), a cotação fechou em R$ 3,92/kg para os independentes. Já aos integrados, a média foi mantida em R$ 2,96/kg.

Para os insumos, o cenário foi de estabilidade para o milho, que teve novamente a média de R$ 42 pela saca de 60 quilos. Já o farelo de soja passou de R$ 1.215,00 pela tonelada para R$ 1.190,00 nesta semana.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas na última semana, o presidente da ACSURS, Valdecir Folador, explicou que apesar da recuperação, as cotações ainda estão abaixo dos custos de produção. Além disto, mesmo com o leve recuo de preços para os insumos, o impacto só deve ser absorvido daqui a alguns meses pelos produtores.

Diante das incertezas do mercado, os custos de produção seguem como motivo de atenção. “O alto custo segue como maior preocupação do suinocultor brasileiro e reajustes nas cotações são necessários para a recuperação da margem operacional da atividade”, explica o analista da Safras & Mercado, Allan Maia.



Data da Notícia: 20/09/2016
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